Trabalhos Científicos / Aprovados

Título: GESTANTE COM DIAGNÓSTICO DE QUILOMICRONEMIA FAMILIAR
Autores: RACHEL BASTOS NAZARENO DOS ANJOS, MARIA CRISTINA DE OLIVEIRA IZAR
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: POLICLÍNICA MUNICIPAL DE PALHOÇA
Palavras Chave: QUILOMICRONEMIA FAMILIAR; GESTANTE; TRIGLICERÍDEOS

Trabalho: Descrição e Discussão do caso: Gestante, 38 anos, diagnosticada com hipertrigliceridemia aos 12 anos, tem pais consanguíneos. Durante o acompanhamento ambulatorial fez uso de diversas classes medicamentosas, sem melhoras. Aos 23 anos, apresentou pancreatite. Na gestação do terceiro filho, com idade gestacional(IG) de 21 semanas, foi internada com quadro de dor abdominal, náuseas e vômitos e hipótese diagnóstica de pancreatite que não foi confirmada laboratorialmente. Fez uso de Genfibrozila, Ômega 3 e foi acompanhada por Nutricionista, porém os níveis de triglicerídeos(TG) permaneceram elevados (acima de 3000 mg/dl). Após suspeita diagnóstica de Síndrome de Quilomicronemia Familiar(SQF), realizado a análise molecular por sequenciamento e identificado variante potencialmente patogênica no gene LPL. O uso de Ômega 3 foi suspenso, pois a medicação causa aumento dos níveis de TG em pacientes com SQF. Com IG de 32 semanas, foi novamente internada devido à alteração fetal identificada ao US obstétrico, demonstrando taquicardia fetal e crescimento fetal no percentil 95, além da paciente apresentar dor abdominal associada a náuseas e vômitos. Evoluiu para o parto com IG de 37 semanas, sem intercorrências. A SQF é uma doença herdada, muito rara, subdianosticada, acometendo cerca de 1-2:1.000.000 de indivíduos. Tem o quadro clínico caracterizado por xantomas eruptivos, lipemia retinal, hepatoesplenomegalia e episódios agudos ou recorrentes de dor abdominal ou pancreatite. Além das manifestações físicas da doença, os pacientes podem apresentar sintomas psicossocias, cognitivos e impacto na vida profissional e escolar. A hipertrigliceridemia acentuada na gravidez, na ausência de fatores como diabetes, consumo de drogas ou álcool, aumenta a possibilidade de defeitos parciais no metabolismo dos TG. Considerações finais: No relato de caso acima, a suspeita foi feita devido à associação de história prévia de pancreatite, quadros recorrentes de dores abdominais associados a náuseas e vômitos, níveis persistentemente altos de TG (> 1000 mg/dl) e consanguinidade dos pais. Por enquanto, o tratamento dietoterápico é a única forma disponível para o controle da trigliceridemia na gestante com SQF. Após o período de aleitamento materno, está previsto iniciar tratamento com a droga antissentido inibidora da síntese da apoC3, que pode ser eficaz na redução dos níveis de TG em pacientes com SQF.

Referências Bibliográficas: 1. Izar MCO, Santos-Filho RD, Assad MHV, Chagas ACP, AO Toledo-Júnior AO, Nogueira ACC, et al. Brazilian Position Statement for Familial Chylomicronemia Syndrome – 2023. Arq Bras Cardiol. 2023;120(4):e20230203 2. Stroes E, Moulin P, Parhofer K.G, Rebours V, Löhr JM, Averna M. Diagnostic algorithm for familial chylomicronemia syndrome. Atherosclerosis Supplements 23( 2017)1-7. 3. Davidson M, Stevenson M, Hsieh A, et al. The burden of familial chylomicronemia syndrome: interim results from the IN-FOCUS study. Expert Rev Cardiovasc Ther. 2017;15(5):415‐423. 4. Henderson H, Leisegang F, Hassan F, et al. A novel Glu421Lys substitution in the lipoprotein lipase gene in pregnancy-induced hypertriglyceridemic pancreatitis. Clin Chim Acta 1998; 269: 1–12. 5. Gaudet D, Brisson D, Tremblay K, et al. Targeting APOC3 in the familial chylomicronemia syndrome. N Engl J Med. 2014;371(23):2200–2206.

Título: LOCALIZAÇÃO DOS NÓDULOS TIREOIDIANOS E SUA CORRELAÇÃO COM O SISTEMA BETHESDA: UMA ANÁLISE BASEADA EM CARACTERÍSTICAS ULTRASSONOGRÁFICAS EM BLUMENAU/SC
Autores: SOFIA STEIN CORRÊA DA CUNHA, RAYANA AMANDA NAZARIO, TERESA CRISTINA COLVARA MATTANA
Categoria: Prospectivo
Instituição de Ensino: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - FURB
Palavras Chave: NÓDULO DA GLÂNDULA TIREOIDE; NEOPLASIAS DA GLÂNDULA TIREOIDE; BIÓPSIA POR AGULHA FINA

Trabalho: Introdução: Os nódulos tireoidianos (NT), comuns na prática médica, têm 5-10% de chance de serem malignos (1,2) . O carcinoma de tireoide, está aumentando, possivelmente devido ao avanço do diagnóstico. O carcinoma papilífero é o tipo mais comum e tem bom prognóstico (3,4,5). Os NT são comumente detectados por ultrassonografia (US), com prevalência de 19% a 67%(6). O sistema TI-RADS classifica NT e evita biópsias desnecessárias(7,8,9). A punção aspirativa por agulha fina (PAAF) avalia a malignidade em NT, e com o sistema Bethesda otimizando a comunicação médica(10,11). A maioria dos NT surge nos lobos, mas quando localizados no istmo, geralmente têm maior risco de serem malignos(7,12). Não há um consenso sobre qual lobo apresenta maior risco de malignidade, porém alguns autores sugerem que a localização do nódulo é um fator de risco independente para o diagnóstico de câncer de tireoide (7,13). Objetivo: Associar a localização dos nódulos tireoidianos (NT) com o Sistema Bethesda. Materiais e Métodos: Estudo transversal com a inclusão de 36 pacientes e avaliação total de 46 nódulos através de Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF), com citologia classe II a VI de Bethesda e correlação com sua localização ultrassonográfica na tireoide. Dados demográficos, antropométricos e clínicos foram coletados por meio de questionário impresso. As características dos nódulos foram extraídas do exame ultrassonográfico anterior à biópsia. Os dados foram organizados em tabelas descritivas contendo principalmente frequências absolutas, relativas, medidas de tendência central, medidas de dispersão e estimativas de média e de proporção em forma de intervalos com 95% de confiança, e com p < 0,05. Resultados: Os pacientes eram compostos por maioria de mulheres (77,8%). A faixa etária média neste estudo é de 46,42 anos. A maioria dos nódulos foram classificados em TIRADS 3 (36,96%). O Terço Médio Direito (TMD) e Terço Inferior Direito (TID), tiveram a proporção de pacientes com resultado Bethesda II estatisticamente maior (P < 0,05). No sexo feminino, houve prevalência de citologia Benigna (82,86%). Conclusão: A localização mais frequente foi Terço Médio Direito, e a categoria Bethesda II (Benigno) foi a mais prevalente neste estudo. Não foi possível demonstrar relação de malignidade com a localização do nódulo na tireoide.

Referências Bibliográficas: 1. Maia AL, Ward LS, Carvalho GA, Graf H, Maciel RMB, Maciel LMZ, et al. Nódulos de tireóide e câncer diferenciado de tireóide: consenso brasileiro. Arq Bras Endocrinol Metabol. julho de 2007;51:867–93. 2. Vilar L, Later CE, Naves LA, Freitas M da C, Fleseriu M. Endrocinologia Clínica. 6o ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2016. 3. Corralo FS. Perfil clínico e epidemiológico de pacientes submetidos a tratamento cirúrgico de neoplasia maligna da tireoide. 2019 [citado 3 de abril de 2023]; Disponível em: https://rd.uffs.edu.br:8443/handle/prefix/4074 4. Krajewska J, Kukulska A, Oczko-Wojciechowska M, Kotecka-Blicharz A, Drosik-Rutowicz K, Haras-Gil M, et al. Early Diagnosis of Low-Risk Papillary Thyroid Cancer Results Rather in Overtreatment Than a Better Survival. Front Endocrinol. 2020;11:571421. 5. LiVolsi VA. Papillary thyroid carcinoma: an update. Mod Pathol. abril de 2011;24(2):S1–9. 6. Ageeli RS, Mossery RA, Othathi RJ, Khawaji EA, Tarshi MM, Khormi GJ, et al. The Importance of the Thyroid Nodule Location in Determining the Risk of Malignancy: A Retrospective Study. Cureus. setembro de 2022;14(9):e29421. 7. Jasim S, Baranski TJ, Teefey SA, Middleton WD. Investigating the Effect of Thyroid Nodule Location on the Risk of Thyroid Cancer. Thyroid. 1o de março de 2020;30(3):401–7. 8. Haugen BR, Alexander EK, Bible KC, Doherty GM, Mandel SJ, Nikiforov YE, et al. 2015 American Thyroid Association Management Guidelines for Adult Patients with Thyroid Nodules and Differentiated Thyroid Cancer: The American Thyroid Association Guidelines Task Force on Thyroid Nodules and Differentiated Thyroid Cancer. Thyroid. 1o de janeiro de 2016;26(1):1–133. 9. Rahal A, Falsarella PM, Rocha RD, Lima JPBC, Iani MJ, Vieira FAC, et al. Correlation of Thyroid Imaging Reporting and Data System [TI-RADS] and fine needle aspiration: experience in 1,000 nodules. Einstein Sao Paulo Braz. 2016;14(2):119–23. 10. Kust D, Staničić J, Mateša N. Bethesda thyroid categories and family history of thyroid disease. Clin Endocrinol (Oxf). 2018;88(3):468–72. 11. Ali SZ, Cibas ES, organizadores. The Bethesda System for Reporting Thyroid Cytopathology [Internet]. Cham: Springer International Publishing; 2018 [citado 1o de abril de 2023]. Disponível em: http://link.springer.com/10.1007/978-3-319-60570-8 12. Ramundo V, Lamartina L, Falcone R, Ciotti L, Lomonaco C, Biffoni M, et al. Is thyroid nodule location associated with malignancy risk? Ultrasonography. julho de 2019;38(3):231–5. 13. Duman G, Sariakcali B. Thyroid Nodules Located in the Lower Pole Have a Higher Risk of Malignancy than Located in the Isthmus: A Single-Center Experience. Int J Endocrinol. 15 de julho de 2021;2021:e9940995.

Título: EXTREMA RESISTÊNCIA INSULÍNICA SUBCUTÂNEA E INTRAMUSCULAR NO DIABETES MELLITUS TIPO 1: UM RELATO DE CASO
Autores: RAFAELA DEON, EDUARDO ÂNTONIO PALUDO, DANILO LUCIANO CARVALHO
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: UNIDEP
Palavras Chave: DIABETES MELLITUS; RESISTÊNCIA INSULÍNICA; DRIASM.

Trabalho: Extrema Resistência Insulínica Subcutânea e Intramuscular no Diabetes Mellitus Tipo 1 (DRIASM) é uma patologia responsável por várias hospitalizações devido quadros de hiperglicemia, cetoacidose diabética e outras complicações. Sendo assim, o artigo se propões a descrever um caso de DRIASM em uma mulher de 33 anos. Sua importância está na raridade de casos como estes e pela necessidade de maior conhecimento da existência dessa apresentação em pacientes com insulinopenia absoluta ou relativa.

Referências Bibliográficas: LESSA, Juliana. O Diabetes além da Falta de Produção de Insulina. Em Diabetes, [s. l], v. 42, n. , p. 6-9, out. 2020. PINHEIRO, Anielli et al. Extrema resistência à insulina subcutânea e intramuscular em diabetes tipo 1. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, [s. l], v. 55, n. 3, p. 233-237, mar. 2011.

Título: DESCRIÇÃO DO PERFIL DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPOS I E II, INSULINO DEPENDENTES EM UM MUNICÍPIO NO SUL DE SANTA CATARINA
Autores: NICOLE TEIXEIRA BITTENCOURT , OTTO FEUERSCHUETTE, CHAIANA ESMERALDINO MENDES MARCON
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNISUL
Palavras Chave: DIABETE MELLITUS; PERFIL EPIDEMIOLÓGICO; CONTROLE GLICÊMICO.

Trabalho: Introdução: O Diabete Mellitus (DM) é um grupo de doenças metabólicas caracterizado pela hiperglicemia. O DM tipo I tem origem genética autoimune, resultando na incapacidade total da produção de insulina e o DM tipo II compreende indivíduos que têm resistência à insulina. O automonitoramento da glicemia capilar (AMGC) é a forma mais usada de fazer controle glicêmico. Objetivo: Descrever o perfil de pacientes diabéticos tipos I e II adultos, insulinodependentes em Tubarão, Santa Catarina. Métodos: Realizou-se um estudo transversal em pacientes portadores de DM tipos I e II, insulinodependentes e maiores de 18 anos que utilizavam insumos para diabetes fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde. A população foi composta por 312 pacientes, entre 21 e 92 anos, e a abordagem foi individual e realizada pelos funcionários da Secretaria Municipal de Saúde no momento da retirada dos insumos para diabetes. As variáveis analisadas foram: idade e sexo, tipo de DM, tipo de insulina e hipoglicemiante oral utilizado e o controle glicêmico pelo HGT nas 4, 8 e 12 últimas semanas. Resultados: O DM tipo II foi o mais comum e o gênero feminino o mais prevalente tanto no DM tipo II (66,9%), quanto no tipo I (61,1%). A faixa etária mais prevalente no tipo II foi entre 60-69 anos e no tipo I, 50-59 anos. Em média, 48,5% dos testes estavam normais, 48,08% hiperglicêmicos e 3,43% hipoglicêmicos. Episódios de hipoglicemia afetaram 49.1% dos pacientes, sendo que 16% apresentaram ao menos um episódio grave. Os participantes que associavam a insulina de ação intermediária e rápida tiveram um pior resultado. Conclusão: a maioria dos pacientes possuía o DM do tipo II e usava apenas insulina como terapia medicamentosa. O controle glicêmico da população foi, no geral, insatisfatório, com glicemia média de 173,07mg/dl e um tempo alvo da glicemia de 48,5% no período de 4 semanas. Foi encontrada associação entre o sexo feminino e a média glicêmica acima do normal. A terapia combinada de insulina rápida com intermediária, também foi associada ao mau controle glicêmico. A incidência de crises hipoglicêmicas se mostrou menor do que em outros estudos. Dado o impacto do DM, é importante compreender as características e o comportamento da doença na população, permitindo a otimização do tratamento a fim de melhorar a qualidade de vida do paciente e diminuir gastos públicos na resolução de complicações da doença.

Referências Bibliográficas: 1. American Diabetes Association, Diabetes Care 2014 Jan; 37 (Supplement 1): S81-S90. Acesso em: 14/09/2019. Disponível em: 2. OLIVEIRA, JEP, FREITAS, MCF, MONTENEGRO, RM, VENCIO, J, VENCIO, S. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018 - São Paulo : Editora Clannad, 2017. 3. N.H. CHO,J.E. SHAW,S. KARURANGA,Y. HUANG,J.D. DA ROCHA FERNANDES,A.W. OHLROGGE,B. MALANDA. IDF Diabetes Atlas: Global estimates of diabetes prevalence for 2017 and projections for 2045. Diabetes Research and Clinical Practice. Elsevier, April 2018. 4. International Diabetes Federation. IDF Diabetes Atlas, 8th edn. Brussels, Belgium: International Diabetes Federation, 2017. Acesso em 14/10/2019. Disponível em: 5. Ministério da Saúde. DATASUS [Internet]. Brasília: Sistemas Epidemiológicos HIPERDIA. Acesso em 14/10/2019. Disponível em: 6. CALADO-PENA, B., et al. Perfil dos pacientes diabéticos do tipo 2, insulino-necessitantes, receptores de kits para monitoração glicêmica e tratamento, vinculados a um Centro de Saúde de Belo Horizonte. Rev Med Minas Gerais 2012; 22(4): 388-395. 7. LAMOUNIER, R.N. et al. Hypoglycemia incidence and awareness among insulin-treated patients with diabetes: the HAT study in Brazil. Diabetology & Metabolic Syndrome volume 10, Article number: 83 (2018). 8. CARRERA, F.J.R, GARCÍA, A.C., FONTÁN, A.C.. Perfil clínico de los pacientes diagnosticados de Diabetes Mellitus tipo 2 en el Área Sanitaria de Vigo. Rev. Esp. Salud Publica vol.92 Madrid 2018 Epub 09-Mar-2018. 9. GUZZATI, P.R., BALTHAZAR, A.P.S., CANALLI, M.H.B.S., MACHADO, T.F. Fatores associados ao controle glicêmico em pacientes portadores de Diabetes Mellitus Tipo 1. Arq. Catarin Med. 2017 abr-jun; 46(2): 26-38. 10. FLOR, L.S., CAMPOS, M.R. Prevalência de diabetes mellitus e fatores associados na população adulta brasileira: evidências de um inquérito de base populacional. Rev Bras Epidemiol JAN-MAR 2017; 20(1): 16-29. 11. PEREIRA, C. et al. Perfil epidemiológico de hipertensos e diabéticos em uma estratégia da saúde da família em Santa Maria/RS. Ciências da Saúde, Santa Maria, v. 15, n. 2, p. 195-203, 2014. 12. Centers For Disease Control and Prevention (CDC). National Diabetes Statistics Report, 2017. Estimates of Diabetes and Its Burden in the United States. Acesso: 14/10/2019. Disponível em: 13. COSTA, C.A., NASCIMENTO, L.O. Perfil de consumo de insulina no Brasil. Revista Acadêmica Oswaldo Cruz ano 2, n.8 outubro-dezembro 2015 ISSN 2357-8173. 14. ZANDONÁ, T., OLIVEIRA, T.B. Perfil dos pacientes diabéticos tipo 2 que utilizam antidiabéticos orais. Rev. Bras. Farm. 93(4): 476-480, 2012. 15. ROCHA, N.D.S. et al. Avaliação do controle glicêmico pela glicemia capilar, de usuários diabéticos tipo 2, em um serviço de atenção básica no município do Recife. Ciências Biológicas e de Saúde Unit, Facipe, v. 3, n. 1, p. 83-94, Junho 2017. 16. NEVES, R.F.B., NEVES, V.M., COSTA, R.R., SILVA, M.R. Comparação entre determinações de glicemia capilar e venosa com glicosímetros e dosagem laboratorial da glicose plasmática venosa. Rev Med Minas Gerais 2017: 1-7 17. GÓMEZ, A.M., CHICA, L.G., BURBANO, Á.F., VÁSQUEZ, E.M., ESCOBAR, J.A., ARIAS, P.M., et al. Survey on hypoglycemia among insulin-treated patients with diabetes: The Colombian International Operations Hypoglycemia Assessment Tool population. Biomédica. 2019;39:576-86.

Título: IATROGENIA EM CÂNCER DE TIREOIDE: UM RELATO DE CASO
Autores: JULIA MIORANDO, THAYS SAROVISKY BAIEL, MILENE ZANELLA CAPITANIO, LAURA VALANDRO BELOTI, LARISSA RAFAELA BERGER, LETICIA PATTUSSI ZANELLA, BRUNA BORTOLANZA, JULIA CRISTINA COSTACURTA, MARIELLE LANG MAKIYAMA
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ - UNOCHAPECÓ
Palavras Chave: TIREOIDECTOMIA; LEVOTIROXINA; TERAPIA COMBINADA.

Trabalho: Descrição: Mulher, 64 anos, hipertensa, portadora de artrite reumatoide, psoríase e histórico de tireoidectomia total por carcinoma papilífero de tireoide em 2013 (estadiamento pT1N0), com posterior ablação com 100mCi de I131. Seguia com levotiroxina (LT4) 100 mcg, com critérios de cura bioquímica e TSH de 0,8 μU/mL. Iniciou acompanhamento com médico integrativo que prescreveu T4 e T3 manipulados. Retorna com TSH em 10,5 μUI/mL, além de positivar tireoglobulina e anti-tireoglobulina antes controladas. Realizou USG cervical com linfonodos atípicos, não captantes a cintilografia e com citologia maligna em PAAF. No momento, retornou LT4 em dose supressiva de TSH e está em seguimento com cirurgião de cabeça e pescoço. Discussão do caso: A administração correta de LT4 é fundamental para atingir o eutireoidismo após a tireoidectomia total. A dosagem equivocada pode implicar em disfunção, além de expor o paciente a estímulo de possíveis remanescentes. Assim, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) destaca os impasses para o uso de LT3 + LT4, como a dificuldade em triar os pacientes que se beneficiariam da terapia e o monitoramento laboratorial durante o tratamento, tendo em vista a complexidade da interpretação das concentrações de TSH e a grande labilidade sérica do T3. Ainda, aponta-se a difícil apuração da dosagem fisiológica, sendo que o ideal seria a utilização de formulações de liberação lenta e com padronização. Atualmente, não existem formulações comerciais da terapia combinada no Brasil. Considerações finais: A terapia combinada carece de evidências que garantam segurança para uso na prática clínica, como evidenciado no caso ilustrado com recorrência de neoplasia tireoidiana. Portanto, é crucial que os médicos considerem os protocolos estabelecidos e as necessidades individuais de cada paciente ao decidir o tratamento, buscando a melhor abordagem para evitar complicações. Além disso, o acompanhamento por um endocrinologista, com monitorização dos níveis hormonais e exames específicos, é essencial para garantir o sucesso do tratamento.

Referências Bibliográficas: MICCOLI, P.; MATERAZZI, G.; ROSSI, L. Levothyroxine therapy in thyrodectomized patients. Frontiers in endocrinology, v. 11, n. 626268, 2021. DOI: 10.3389/fendo.2020.626268. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA - SBEM. Departamento de Tireoide da SBEM. Terapia combinada liotironina + levotiroxina. Disponível em: https://www.tireoide.org.br/terapia-combinada-liotironina-levotiroxina/. Acesso em: 20 maio de 2024. ZABOREK, N. A. et al. The optimal levothyroxine dosing scheme after thyroidectomy: a comprehensive comparison and evaluation. Surgery, v. 165, n. 1, p. 92-98, 2020. DOI: 10.1016/j.surg.2018.04.097.

Título: A RELAÇÃO ENTRE ACHADOS ULTRASSONOGRÁFICOS ATA VERSUS TI-RADS E ACHADOS CITOLÓGICOS DE NÓDULOS TIREOIDIANOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO MEIO OESTE CATARINENSE
Autores: ANA JULIA LEHMKUHL LONGEN, AMANDA DOS SANTOS DAL BERTO , ILANA ENGELMAN
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: HOSPITAL SANTA ISABEL
Palavras Chave: TIREOIDE. ULTRASSONOGRAFIA. CITOLOGIA.

Trabalho: A importância dos nódulos de tireoide está na exclusão do câncer, que ocorre em 7% a 15% das situações. Em todos os pacientes com nódulo na tireoide, é necessário realizar história e exame clínico, medição dos hormônios tireoidianos e ultrassom para avaliar as características do mesmo, sendo essa a principal ferramenta para avaliar o risco de malignidade e informar decisões sobre o uso da PAAF (punção aspirativa por agulha fina), apresentando sensibilidade estimada de 95%. Para melhor indicação da PAAF são utilizadas duas diretrizes: a Sociedade Americana de Tireoide (ATA) e o Colégio Americano de Imagem Radiológica de Tireoide (TI-RADS), sendo que ambas consideram os achados ultrassonográficos como critérios de indicação da biópsia, no entanto, divergem em alguns aspectos. Contudo, independentemente da diretriz adotada para avaliação, quando esses nódulos são submetidos à biópsia, é a Classificação de Bethesda o sistema padrão para avaliar a citologia dos achados. Este estudo teve como objetivo avaliar a relação do Sistema Bethesda com os achados ultrassonográficos da ATA e do sistema TI-RADS nos nódulos tireoidianos de um hospital universitário no Meio Oeste Catarinense. Trata-se de uma pesquisa observacional e documental retrospectiva, com abordagem quanti qualitativa, sendo composta por 258 prontuários de pacientes com nódulos na ultrassonografia da glândula. Coletou-se as seguintes características ultrassonográficas: composição, ecogenicidade, margem e focos ecogênicos. Posteriormente, foram confrontadas as classificações TI-RADS, com pontuações que variam do T1 ao T5, e ATA, entre baixa, intermediária e alta suspeita. Utilizou-se o Sistema Bethesda para diferenciação citológica, dividindo-os em: não satisfatório, benigno, atipia de significado indeterminado, neoplasia folicular, suspeita de malignidade e nódulo maligno. Assim, definiu-se, por meio do Teste de Qui-Quadrado, que as classificações ATA e TI-RADS são dependentes, visto que p: 2.2e-16. Em comparação, identificou-se que o paciente com TR5 apresenta-se em 38,5% e 30,5% dos casos com categorias Bethesda IV e V, respectivamente. Em contrapartida, a classificação ATA alta suspeita apresenta-se em 36% e 14,5% dos casos com categorias Bethesda IV e V. Sendo assim, a classificação TI-RADS mostrou-se mais efetiva na identificação de nódulos mais agressivos, apresentando sensibilidade de 90% e especificidade de 37%, enquanto ATA possui sensibilidade estimada de 86% e especificidade de 24%.

Referências Bibliográficas: AHMADI, S. et al. Using the ATA and ACR TI-RADS sonographic classifications as adjunctive predictors of malignancy for indeterminate thyroid nodules. Endocrine Practice, v. 25, n. 9, p. 908-917, 2019. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31170369. Acesso em: 28 fev, 2020. BARBOSA, T.L.M. et al. ACR TI-RADS and ATA US scores are helpful for the management of thyroid nodules with indeterminate cytology. BCM Endocrine Disorders, v. 19, n; 1, p. 1-11, 2019. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31664992. Acesso em: 28 fev. 2020. CIBAS, E.S; ALI, S.Z. The Bethesda System for Reporting Thyroid Cytopathology. Thyroid, v. 19, n. 11, p. 1-8, 2009. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19888858. Acesso em: 21 jan. 2020. ROSS, D.S. Diagnostic approach to and treatment of thyroid nodules. Stanford Univ Sch of Med, p. 1-21, 2019a Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/diagnostic-approach-to-and-treatment-of-thyroidnodules. Acesso em: 30 mar. 2021. ROSS, D.S. Overview of thyroid nodule formation. Stanford Univ Sch of Med, 2019b. Disponível em: https://www.uptodate.com/

Título: FEOCROMOCITOMA: UMA POSSÍVEL CAUSA DE EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA - RELATO DE CASO
Autores: ANA JULIA LEHMKUHL LONGEN, FERNANDA CRISTINA MIRANDA DE OLIVEIRA, JOÃO FILIPE DE OLIVEIRA
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: HOSPITAL SANTA ISABEL
Palavras Chave: FEOCROMOCITOMA. HIPERTENSÃO. HEMORRAGIA.

Trabalho: M.F, 57 anos, feminina, previamente hipertensa e pré-diabética, deu entrada no Pronto Socorro do Hospital Santa Isabel transferida de município vizinho com TC de crânio evidenciando Hemorragia Subaracnóide (HSA) Fisher I e Hunt-Hess I, preenchendo alguns sulcos frontais bilaterais, fissura silviana direita e foice inter hemisférica anterior, após relato de confusão mental, cefaléia súbita e pico hipertensivo. Na chegada ao Hospital de referência, realizada angiografia digital intra e extra cerebral sem alterações vasculares significativas. A paciente permaneceu em observação neurológica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com boa evolução clínica e sem déficits neurológicos, recebeu alta para acompanhamento ambulatorial. Posteriormente, em consulta com neurologista relatou picos hipertensivos associados à palidez, sudorese fria e sensação de calor, aventado hipótese de feocromocitoma, a qual foi confirmada através de metanefrinas fracionadas plasmáticas de 80,9 pg/ml (VR <65) e normetanefrinas de 668 pg/ml (VR <196), realizou RM de abdome evidenciando presença de nódulo sólido, ovalado, delimitado, com contornos irregulares na glândula adrenal esquerda, medindo 22x20x22mm, confirmando diagnóstico de Feocromocitoma. Iniciado alfa bloqueio com Prazosina e encaminhada ao urologista para adrenalectomia à esquerda, com resolução do quadro e suspensão de terapia de bloqueio adrenérgico. O feocromocitoma é um tumor neuroendócrino raro da medula adrenal produtor de catecolaminas. Estima-se que a incidência anual de feocromocitoma seja de 0,8 por 100.000 pessoas-ano. A tríade clássica de sintomas consiste em dor de cabeça episódica, sudorese e taquicardia. Atualmente, 61% é descoberto de forma acidental e apenas 27% na presença de sintomas, o diagnóstico é normalmente feito por medições de metanefrinas e catecolaminas fracionadas na urina e no plasma, seguida de avaliação radiológica para localização do tumor. O tratamento se baseia na ressecção cirúrgica do tumor, após preparação com alfa bloqueio. No relato de caso apresentado, o diagnóstico foi suspeitado após paciente manter investigação depois de apresentar hemorragia subaracnoide com angiografia sem alterações vasculares significativas, sendo essa, consequência de uma emergência hipertensiva. É de extrema importância considerar o diagnóstico de feocromocitoma nos pacientes com sintomas neurológicos associados a episódios de pico hipertensivo, aumento de frequência cardíaca, cefaléia e palpitações.

Referências Bibliográficas: Stein PP, RH Negro. Uma abordagem diagnóstica simplificada do feocromocitoma. Uma revisão da literatura e relato da experiência de uma instituição. Medicina (Baltimore) 1991; 70:46. Bravo E.L. Conceitos em evolução na fisiopatologia, diagnóstico e tratamento do feocromocitoma. Endocr Rev 1994; 15:356. Kudva YC, Sawka AM, Young WF Jr. Revisão clínica 164: O diagnóstico laboratorial de feocromocitoma adrenal: a experiência da Clínica Mayo. J Clin Endocrinol Metab 2003; 88:4533.

Título: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À SÍNDROME METABÓLICA EM USUÁRIOS DE UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL NO SUL DO BRASIL
Autores: GABRIEL GUILHERME PEREIRA, LUIZA BOSI RIBEIRO AMARAL, SHEILA MONTANO VEGA, AMELY PEREIRA SILVA BALTHAZAR
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
Palavras Chave: SÍNDROME METABÓLICA, TRANSTORNOS MENTAIS, SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL

Trabalho: Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) é uma das principais doenças da sociedade contemporânea, estando diretamente relacionada aos hábitos alimentares e sedentários da população. Apesar de haver várias proposições, ainda não há um consenso que a defina unanimemente. Considera-se hoje a circunferência abdominal aumentada como seu principal marcador, sendo a associação entre sobrepeso/obesidade e alterações metabólicas em indivíduos com doenças psiquiátricas cada vez mais discutida. Objetivos: Determinar a prevalência de SM, segundo os critérios da International Diabetes Federation (IDF), e identificar seus fatores associados nos usuários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) II de Palhoça, Santa Catarina (SC). Métodos: Estudo observacional transversal analítico, com dados obtidos por formulário de coleta de dados e do exame físico em 121 usuários do CAPS II de Palhoça, SC, durante o período de junho a outubro de 2023. Dos 121 indivíduos consultados na unidade, 78 foram levados em conta para a análise, pois dispunham de exames laboratoriais e dos demais critérios para a exclusão ou identificação do diagnóstico de SM. Utilizou-se os critérios de SM estabelecidos pela IDF em seu último consenso, sobretudo por exigir a circunferência abdominal aumentada, componente fisiopatológico principal da síndrome, como obrigatória. Resultados: A prevalência de SM na amostra estudada foi de 44,9%, sendo a maioria desses usuários do sexo feminino (28,2%), de etnia branca (33,3%), na faixa etária entre 31 e 59 anos (30,8%), com predominância em pacientes com depressão (23,1%) e/ou esquizofrenia (17,9%), em uso de antipsicóticos (30,8%) e/ou antidepressivos (29,5%), assim como entre aqueles que realizavam atividade física semanal menos de 150 minutos por semana (38,5%). Observou-se significância estatística (p = 0,010) em relação ao grupo de usuários com outros diagnósticos psiquiátricos menos frequentes no CAPS, sugerindo menor ocorrência naqueles com transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno do pânico, transtorno de estresse pós-traumático e transtornos de personalidade não especificados. Conclusão: Verificou-se uma prevalência maior de SM tanto em comparação à população geral mundial quanto entre pacientes psiquiátricos em estudos com objetivos e metodologias semelhantes. Dessa forma, enfatizou-se a necessidade de construir estratégias de prevenção e avaliação periódica para otimizar a qualidade e expectativa de vida dessa população.

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Título: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE OBESIDADE EM GESTANTES BRASILEIRAS ENTRE 2018 A 2023: ESTUDO ECOLÓGICO
Autores: BEATRIZ DAS GRAÇAS UCHÔA PASTOR, GUSTAVO LUIZ BEILER GIRARDI, LUMA BERTÃO DE OLIVEIRA
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: FACULDADE IDOMED ESTÁCIO JARAGUÁ DO SUL
Palavras Chave: OBESIDADE; GESTAÇÃO; EPIDEMIOLOGIA;

Trabalho: Introdução: A obesidade é uma doença crônica não transmissível, caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo no organismo de caráter multifatorial, ou seja, apresenta componentes genéticos, metabólicos, sociais, ambientais, econômicos, comportamentais, culturais e demográficos. Uma mulher grávida é considerada portadora de obesidade quando apresenta índice de massa corporal (IMC) pré - gestacional superior a 30 kg/m2. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo geral apresentar o número de notificações dos casos de sobrepeso e obesidade em gestantes adultas entre 2018 a 2023, considerando diferentes regiões. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, com abordagem quantitativa, realizado com dados extraídos dos relatórios públicos disponíveis no Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), relativos ao número de notificações dos casos de sobrepeso e obesidade em gestantes adultas entre 2018 a 2023 nas diferentes regiões do Brasil. A partir da coleta de dados realizada entre 10 e 20 de janeiro de 2024, foi aplicada uma estatística descritiva com a utilização do Microsoft Office Excel para organizar os resultados da pesquisa e posterior elaboração de gráficos. Resultados: No Brasil, considerando-se a incidência relativa: em 2018, 19,58% (n= 142.651) das gestantes foram constatadas como portadoras de obesidade, em 2019, 20,41% (n= 128.479), em 2020, 23,12% (n= 238.465), em 2021, 23,88% (n= 250.144), em 2022, 24,35% (n= 212.699) e em 2023, 25,22% (n= 174.968). Na análise da obesidade gestacional por região, em 2018 a região com maior prevalência foi a Sul, com 24,63% (n= 16.766), e a com menor foi a Norte 14,29% (n= 13.463). Esse padrão de prevalência por região se manteve desde 2018 até 2023. Na análise da evolução de 2018 até 2023 dos casos registrados de obesidade, a região norte foi de 14,29% (n = 13.463) para 18,79% (n = 15.367), a região nordeste foi de 17,62% (n= 4.127) para 22,68% (n = 52.379), a região centro-oeste foi de 20,28% (5.352) para 24,6% (9.909), a região sul foi de 24,63%(n= 16.766) para 29,55% (n= 23.214), por fim, a região sudeste foi de 22,74% (n= 52.943) para 28,27% (n=74.009). Conclusão: A prevalência de gestantes com obesidade aumentou em todas as regiões brasileiras de 2018 para 2023. Onde, a região Sul apresentou maior percentual de obesidade gestacional, enquanto a região Norte o menor. Em relação à evolução, a região sudeste foi responsável pelo maior aumento.

Referências Bibliográficas: Dayana Rodrigues Farias et al. ESTADO NUTRICIONAL E ATENÇÃO PRÉ NATAL DE GESTANTES ACOMPANHADAS PELO SISVAN 2008-2018. In: ANAIS DO 11 º CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA, 2021, Fortaleza. Campinas, Galoá, 2021. Disponível em: . Acesso em: 02 fev. 2024. SILVA JÚNIOR, AE DA et al. Tendência do estado nutricional de gestantes adolescentes beneficiárias do programa de transferência condicionada de renda brasileiro Bolsa Família no período 2008-2018. Ciência & saúde coletiva, v. 7, pág. 2613–2624, 2021. PIRES, CDC et al. Evolução do excesso de peso em gestantes usuárias da Atenção Primária à Saúde do município de Macaé-RJ entre 2010- 2018. DEMETRA Alimentação Nutrição & Saúde , v. 15, p. e48033, 2020. GARBIN, AJÍ. e outros. Obesidade gestacional: monitoramento espacial no estado de São Paulo. Saúde e Desenvolvimento Humano, v. 2, pág. 73, 2020.

Título: HIPERCALCEMIA COMO PRIMEIRO ACHADO DE HIPOFISITE TARDIA POR IMUNOTERAPIA: RELATO DE CASO
Autores: MANUELA SIMON STUDZINSKI DE SOUZA, IZABELLY CARVALHO SILVESTRINI, MARIA EDUARDA BUENO DE SOUZA, RODOLFO AUGUSTO PEREIRA SCHARA, NATAN SILVA BRAMORSKI, JOÃO PAULO PORTELLA CARNEIRO, LUCAS RIBEIRO MOURA, CRISTIANE CAROLINE NAZAR, MARTA AMARO DA SILVEIRA DUVAL
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
Palavras Chave: HIPOFISITE; HIPERCALCEMIA; IMUNOTERAPIA

Trabalho: Descrição e discussão do caso R. G. R., mulher, 46 anos, após completar 6 meses de tratamento quimio e imunoterápico com pembrolizumab, associado a paclitaxel e carboplatina para neoplasia maligna de mama, começa a apresentar sintomas de queda do estado geral e inapetência. Em seguida, interna por quadro de fraqueza, dor abdominal, vômitos e diarréia, sendo diagnosticada com hipercalcemia e hipomagnesemia, recebe sintomáticos e é liberada. Um mês depois, interna novamente por persistência da fraqueza e perda de aproximadamente 10 Kgs. Após avaliação inicial, apresentava-se com cálcio total de 12,8 mg/dL, cortisol de 0,2mcg/dL e ACTH menor que 5,0 pg/mL. Ressonância magnética de hipófise que demonstrou espessamento de haste hipofisária com realce ao contraste, compatível com hipofisite. Neste momento foi prescrito prednisona 7,5mg/dia e solicitada avaliação laboratorial complementar ambulatorial. Após 1 semana de tratamento com prednisona apresentou normalização dos níveis de cálcio (8,4mg/dL). A avaliação hipofisária complementar confirmou também um hipotireoidismo secundário (T4 livre 0,48 ng/dL e T3 0,85 nmol/L). Após avaliação dos dados clínicos, laboratoriais e radiológicos apresentados, foi confirmado diagnóstico de pan-hipopituitarismo pela hipofisite por pembrolizumab (com deficiência de ACTH e TSH) sendo então mantido o tratamento com prednisona e iniciada reposição de levotiroxina com melhora clínica completa. Em avaliação clínica 3 meses após o início do tratamento endocrinológico a paciente permanece assintomática e com remissão completa da doença oncológica. Considerações finais O uso de inibidores de checkpoint, como o Pembrolizumab, pode acarretar efeitos adversos relacionados à autoimunidade, como a hipofisite, que afeta cerca de 0,6% dos pacientes. Esta condição pode resultar em pan-hipopituitarismo, com impacto significativo principalmente nos níveis de hormônios tireoidianos (TSH), adrenocorticotróficos (ACTH) e gonadotrofinas. Sintomas da hipofisite se manifestam geralmente de 2 a 5 meses após início da terapia. No caso em questão, além da hipofisite ter ocorrido tardiamente, a hipercalcemia foi um dos sinais de insuficiência adrenal e reverteu logo após o início do tratamento com corticoide. O mecanismo fisiopatológico da hipercalcemia neste contexto ainda não está bem elucidado e é um achado raro. Tendo em vista o aumento expressivo dos tratamentos oncológicos com imunoterapia é importante a discussão de casos como este.

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Título: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA PREVALÊNCIA DE DIABETES MELLITUS NAS CAPITAIS DA REGIÃO SUL DO BRASIL ENTRE 2018 E 2023
Autores: LUIZA DIDONE, EDUARDA NORONHA DE ALMEIDA, JULIA RAFAELA HITZ GULARTE, CLÂNDIO TIMM MARQUES
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE FRANCISCANA- UFN
Palavras Chave: DIABETES MELLITUS; PREVALÊNCIA; QUALIDADE DE VIDA; VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA; REGIÃO SUL.

Trabalho: Introdução: Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma síndrome metabólica definida pela alteração da secreção de insulina, que ocasiona uma situação clínica hiperglicêmica. Essa doença tem relação direta ao estilo de vida. As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), grupo em que a DM está inserida, caracterizam-se pela multifatoriedade, embora passíveis de ações preventivas. Nessa perspectiva, o acometimento de DM2 se estabelece como resultado de uma exposição à sucessões de fatores de risco modificáveis. Objetivos: Analisar a prevalência, identificar os fatores de risco e avaliar a eficácia de intervenções de saúde no que tange à DM nas capitais da Região Sul do Brasil no período de 2018 à 2023. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, longitudinal e de viés retrospectivo, cujos dados foram obtidos através da abordagem documental da Biblioteca do Observatório da APS. Avaliou-se os dados de prevalência de DM na região e períodos citados acima, bem como os dados dos fatores de risco de DCNT disponibilizados pela VIGITEL de 2023. Resultados: Porto Alegre (POA) é a capital com a maior prevalência de DM no período, sendo 12% a população com a doença em 2023 (137.922 pessoas) e Florianópolis (FLN) com a menor prevalência, tendo 7,2% da sua população afetada no mesmo ano (27.715 pessoas). Além disso, é importante destacar que em POA houve um crescimento de 38% nos casos de DM durante 2021 e 2023, em comparação com Curitiba que teve um crescimento de 5% no mesmo período, totalizando 9,8% da população acometida em 2023 (140.442 pessoas). Ao relacionar os dados com os fatores de risco, não é surpreendente que POA seja a segunda capital do Brasil com maior percentual de adultos obesos, com 28% da população afetada. Cabe destacar também que FLN perde apenas para o Distrito Federal no quesito prática de atividade física, com 47,3% da população praticante. Conclusão: DM é um problema de saúde pública multifatorial, visto que a qualidade de vida do local em que se vive influencia na exposição aos fatores de risco modificáveis, isto reflete os dados citados acima, nos quais, FLN proporciona melhores condições nos diversos âmbitos sociais, já que, segundo a FGV-2023, em relação a renda média, essa capital está no topo do ranking, além de possuir, segundo o IBGE, taxa de escolarização e de IDHM maiores que as de POA. Portanto, defender políticas públicas que promovam a melhora na qualidade de vida de populações vulneráveis faz parte também da prevenção às DCNT.

Referências Bibliográficas: UMANE. “Tema: Diabetes.” Observatório da APS. Disponível em: observatoriodaaps.com.br/tema/diabetes. Acesso em: 09 de jun. de 2024. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. Vigitel Brasil 2023: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2023 [recurso eletrônico]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigitel_brasil_2023.pdf. Acesso em: 18 de jun. de 2024. IBGE. “Portal Cidades E Estados.” Ibge.gov.br , 2020. Disponível em: cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/porto-alegre/panorama. Acesso em 23 de jun. de 2024. IBGE. “Portal Cidades E Estados.” Ibge.gov.br , 2020. Disponível em: cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/florianopolis/panorama. Acesso em 23 de jun. de 2024. NERI, Marcelo. “Mapa Da Riqueza No Brasil.” FGV Social, 2023. Disponível em: www.fgv.br/cps/riqueza. Acesso em 23 de jun. de 2024.

Título: AVALIAÇÃO DO EFEITO DA TIRZEPATIDA NA PERDA DE PESO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Autores: KARLA SCORSATTO DOS SANTOS, RAFAELA CABEDA, RAPHAELA AREND MENDES, BRUNO VINÍCIUS FAUTH, JEOVANY MARTINEZ MESA MD PHD
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: ESCOLA DE MEDICINA ATITUS EDUCAÇÃO
Palavras Chave: OBESIDADE; PERDA DE PESO; TIRZEPATIDA

Trabalho: A obesidade é uma condição relacionada à inflamação crônica que leva a uma série de complicações de saúde aos pacientes. O objetivo deste estudo foi sistematizar as evidências de perda de peso com o uso de Tirzepatida, um novo AR do GLP-1 e GIP no tratamento farmacológico da obesidade. Trata-se de uma revisão sistemática da literatura realizada em dezembro de 2023. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados das bases de dados "PubMed" e "Web of Science", envolvendo uma população com 18 anos ou mais, comparando a Tirzepatida com outros tratamentos para obesidade ou placebo, e fornecendo informações sobre redução de peso. Um total de 17 artigos foram incluídos na revisão. Dentre os resultados, foram observadas reduções de 6 a 25,3% no peso corporal com o uso de doses de Tirzepatida variando de 1 a 15 mg, em um período de acompanhamento que variou de 24 a 88 semanas. Conclui-se que a Tirzepatida é eficaz no tratamento da obesidade devido aos seus efeitos na perda de peso. As maiores reduções de peso foram observadas com doses mais altas durante um período de uso mais longo.

Referências Bibliográficas: Aronne, L.J., Sattar, N., Horn, D.B., et al. Continued Treatment With Tirzepatide for Maintenance of Weight Reduction in Adults With Obesity: The SURMOUNT-4 Randomized Clinical Trial. JAMA. 2024;331(1):38-48. doi:10.1001/jama.2023.24945. Bluher, M. Obesity: global epidemiology and pathogenesis. Nat Rev Endocrinol. 2019;15(5):288-298. doi:10.1038/s41574-019-0176-8. Brazil. Brazilian Health Regulatory Agency (Anvisa). Mounjaro® (tirzepatida): novo registro. Published September 25th, 2023. Accessed December 15, 2023. Available online: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/novos-medicamentos-e-indicacoes/mounjaro-r-tirzepatida-novo-registro. Dahl, D., Onishi, Y., Norwood, P., et al. Effect of Subcutaneous Tirzepatide vs Placebo Added to Titrated Insulin Glargine on Glycemic Control in Patients With Type 2 Diabetes: The SURPASS-5 Randomized Clinical Trial. JAMA. 2022;327(6):534-545. doi:10.1001/jama.2022.0078. 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Título: EFEITOS DO ORFORGLIPRON ORAL UMA VEZ AO DIA NO PESO E NOS MARCADORES METABÓLICOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE DE ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS
Autores: ERIC PASQUALOTTO, CARINE LÜTKEMEYER, RAFAEL OLIVA MORGADO FERREIRA, MATHEUS PEDROTTI CHAVEZ, ALEXANDRE HOHL, MARCELO FERNANDO RONSONI, SIMONE VAN DE SANDE-LEE
Categoria: Prospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Palavras Chave: ORFORGLIPRON. OBESIDADE. MARCADORES METABÓLICOS.

Trabalho: Introdução: O orforglipron, um agonista do receptor (AR) do peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1) oral não peptídico, pertence a uma nova geração de AR do GLP-1 que pode ser administrado por via oral sem necessidade de restrição alimentar. Esse medicamento tem potencial para induzir perda de peso e pode se tornar uma alternativa no tratamento da obesidade e sobrepeso, através da redução do apetite e retardo do esvaziamento gástrico. Objetivo: Avaliar os efeitos do orforglipron oral uma vez ao dia no peso e nos marcadores metabólicos em pacientes adultos. Métodos: As bases de dados PubMed, Embase, Cochrane Library e ClinicalTrials.gov foram sistematicamente pesquisados em fevereiro de 2024 por ensaios clínicos randomizados (ECRs) comparando orforglipron versus placebo ou outros medicamentos antiobesidade em pacientes adultos. Foram calculadas diferenças médias ponderadas (DMP) para desfechos contínuos e razões de risco (RRs) para desfechos binários, com intervalos de confiança (IC) de 95%. A heterogeneidade foi avaliada com estatística I². As análises estatísticas foram realizadas no software R, versão 4.2.2. Resultados: Foram incluídos quatro ECRs, abrangendo 815 pacientes, dos quais 620 (76,1%) receberam prescrição de orforglipron. Em comparação com o placebo, o orforglipron reduziu significativamente o peso corporal (DMP -6,14 kg; IC 95% -9,62 – -2,66; I²=86%), o índice de massa corporal (DMP -2,87 kg/m2; IC 95% -4,65 – -1,10; I²=93%) e a circunferência da cintura (DMP -5,32 cm; IC 95% -9,13 – -1,51; I²=83%). Além disso, o orforglipron foi associado a uma proporção significativamente maior de pacientes que alcançaram perda de peso ≥5% (RR 3,31; IC 95% 2,23–4,93; I²=0%), ≥10% (RR 5,24; IC 95% 2,07–13,31; I²=40%) e ≥15% (RR 9,53; IC 95% 1,26–71,89; I²=33%). Orforglipron reduziu significativamente a glicose sérica em jejum (DMP -23,16 mg/dL; IC 95% -44,09 – -2,23; I²=86%) e HbA1c (DMP -0,84%; IC 95% -1,54 – -0,14; I²=97%) em comparação com placebo. Os eventos adversos relacionados ao trato gastrointestinal foram significativamente maiores no grupo tratado com orforglipron. Conclusões: Nesta meta-análise, o uso de orforglipron oral uma vez ao dia em pacientes adultos foi associado a uma diminuição do peso corporal e marcadores metabólicos, em comparação com o placebo, com um aumento de eventos adversos gastrointestinais não graves. Espera-se que os ECRs de fase 3 esclareçam ainda mais a eficácia e a segurança do orforglipron oral a longo prazo.

Referências Bibliográficas: Frias JP, Hsia S, Eyde S, Liu R, Ma X, Konig M, et al. Efficacy and safety of oral orforglipron in patients with type 2 diabetes: a multicentre, randomised, dose-response, phase 2 study. Lancet 2023;402(10400):472–83. Pratt E, Ma X, Liu R, Robins D, Coskun T, Saveiro KW, et al. Orforglipron (LY3502970), a novel, oral non-peptide glucagon-like peptide-1 receptor agonist: A Phase 1b, multicentre, blinded, placebo-controlled, randomized, multiple-ascending-dose study in people with type 2 diabetes. Diabetes, obesity & metabolism 2023a;25(9):2642-2649. Pratt E, Ma X, Liu R, Robins D, Haupt A, Coskun T, et al. Orforglipron (LY3502970), a novel, oral non-peptide glucagon-like peptide-1 receptor agonist: a Phase 1a, blinded, placebo-controlled, randomized, single- and multiple-ascending-dose study in healthy participants. Diabetes, obesity & metabolism 2023b;25(9):2634‐2641. Wharton S, Blevins T, Connery L, Rosenstock J, Raha S, Liu R, et al. Daily Oral GLP-1 Receptor Agonist Orforglipron for Adults with Obesity. N Engl J Med 2023;389(10):877–88.

Título: INSULINOMA PANCREÁTICO EM PACIENTE COM OBESIDADE: UM RELATO DE CASO
Autores: THAYS SAROVISKY BAIEL, MARIELLE LANG MAKIYAMA, JULIA MIORANDO, JÚLIA CASALLI GROSMANN, JULIANA SIGNORI ZIANI, CAMILA MILENE TIEMANN
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: UNOCHAPECÓ
Palavras Chave: HIPOGLICEMIA; NEOPLASIA; PÂNCREAS

Trabalho: Descrição: Uma mulher de 46 anos consultou um endocrinologista para tratamento de obesidade. Ela tinha um índice de massa corporal de 35,8 kg/m² e fazia uso contínuo de levotiroxina 25 mcg e sertralina 100 mg. Exames iniciais revelaram hipoglicemia em jejum, achado também presente em exames anteriores. A paciente relatou episódios frequentes de síncope, sugerindo sintomas de hipoglicemia. Laboratórios confirmaram glicemia de jejum de 55 mg/dL, hemoglobina glicada 4,6%, insulina 24,6 uU/ml e peptídeo C 4,06 ng/ml. Tomografia computadorizada de abdome identificou uma lesão nodular isodensa na cauda pancreática medindo 2,4 x 2,1 x 2,0 cm. A biópsia endoscópica sugeriu neoplasia endócrina, levando à ressecção cirúrgica do tumor. O exame anatomopatológico revelou uma neoplasia altamente vascularizada com esclerose de permeio, delimitando área nodular de 2,7 x 2,1 cm, contagem de mitoses: 2/10 CGA e margem cirúrgica livre de neoplasia. A imunohistoquímica confirmou um tumor neuroendócrino bem diferenciado do pâncreas (panNET grau 2; KI-67 5%). Discussão do caso: Insulinoma é um tumor neuroendócrino raro do pâncreas que secreta insulina de maneira inapropriada, causando hipoglicemia. O diagnóstico é frequentemente baseado em níveis elevados de insulina e peptídeo C durante episódios de hipoglicemia, como observado na paciente. Considerando que a insulina é um hormônio anabólico, suspeitou-se que o insulinoma, junto aos hábitos alimentares da paciente, seria a causa da obesidade. Devido à hipoglicemia, a paciente se alimentava mais frequentemente, resultando em ganho de peso mais rápido, além do efeito anabólico da hiperinsulinemia constante. Este caso ressalta que a gestão de um paciente com insulinoma e obesidade requer uma abordagem multifacetada e destaca a importância de considerar causas endócrinas de obesidade. Considerações finais: O insulinoma evidencia a complexidade do diagnóstico diferencial em pacientes com múltiplas comorbidades. A obesidade, uma doença multifatorial complexa, pode ter fatores diretamente influenciadores, como no caso descrito. A paciente já havia sido avaliada por outros endocrinologistas no passado, sem que o diagnóstico fosse considerado. Assim, destaca-se a importância da suspeita diagnóstica de insulinoma em pacientes com sintomas e exames sugestivos, evitando o atraso na ressecção cirúrgica e, portanto, prevenindo complicações a curto e longo prazo.

Referências Bibliográficas: NOVAES, Luiza Messias de; OLIVEIRA, Francielle Temer de; MENEZES, Gabriella Vasconcelos de; FRANÇA, Eloy Vianey Carvalho de. Insulinoma. Brazilian Journal of Health Review, [S. I.], v. 4, n. 6, p. 24243–24250, 2021. https://doi.org/10.34119/bjhrv4n6-051 VELLA, Adrian. Insulinoma. UpToDate. 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/insulinoma?search=insulinoma%20DIAGN%C3%93STICO&source=search_result&selectedTitle=1%7E52&usage_type=default&display_rank=1#H6. OKABAYASHI, Takehiro; SHIMA, Yasuo; SUMIYOSHI, Tasuaki.; et al. Diagnóstico e tratamento do insulinoma. World Journal of Gastroenterology. v. 19. 2013. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3574879/. DOI: 10.3748/wjg.v19.i6.829

Título: A ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR DA BULIMIA NERVOSA: UM RELATO DE CASO
Autores: MARIANA PERIN DUTRA, JOÃO OLÍMPIO AMADO DUTRA, LÍVIA SIMONI MACCARI, MARIA JÚLIA MACHADO VENERANTO
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE
Palavras Chave: BULIMIA NERVOSA, TRANSTORNO ALIMENTAR, MULTIDISCIPLINAR

Trabalho: Descrição e discussão do caso: A Bulimia Nervosa é um transtorno alimentar caracterizado por episódios de ingestão compulsiva de alimentos, seguidos por comportamentos compensatórios inadequados, como vômitos autoinduzidos e uso de laxantes. AM, 25 anos, solteira, universitária, procurou o ambulatório de Endocrinologia relatando episódios de ingestão excessiva e compulsiva de alimentos, seguidos por sentimentos de culpa, indução de vômitos e uso de laxantes para eliminar os alimentos ingeridos. A paciente com 1,60cm de altura e peso 45kg, apresentava um Índice de Massa Corporal (IMC) de 17,5, classificado como magreza. No entanto, ela relatava sentir-se "gorda", demonstrando insatisfação com seu corpo e evitava se olhar no espelho. A paciente apresentava-se ansiosa, emagrecida, com flutuações de humor e referia irritabilidade após se alimentar. Após uma avaliação detalhada, foi feito o diagnóstico de Bulimia Nervosa. Esse diagnóstico baseou-se nos critérios do DSM-5, que incluem episódios recorrentes de compulsão alimentar seguidos de comportamentos compensatórios inadequados para evitar ganho de peso, além de uma autoavaliação indevidamente influenciada pela forma e peso corporal. A paciente foi encaminhada para acompanhamento multidisciplinar, incluindo psiquiatria, nutricionista e psicologia. Iniciou-se psicoterapia com a técnica cognitivo-comportamental (TCC), que é considerada uma abordagem eficaz no tratamento de transtornos alimentares. Além disso, foi prescrito fluoxetina 40mg/dia como tratamento medicamentoso inicial. Após um mês de acompanhamento a paciente encontrava-se melhor, referia melhora da ansiedade e início de uma reeducação alimentar com ganho de 3kg, atingindo IMC 18,7, dentro da normalidade. Considerações finais: A abordagem multidisciplinar é essencial no tratamento da Bulimia Nervosa, considerando a complexidade do transtorno que envolve aspectos psicológicos, nutricionais e psiquiátricos. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado da Bulimia Nervosa são fundamentais para a recuperação do paciente e para a prevenção de complicações a longo prazo. O relato de caso destaca a importância de uma abordagem integrada que inclua intervenção psicoterapêutica, acompanhamento psiquiátrico e orientação nutricional.

Referências Bibliográficas: American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-5), 5th ed. American Psychiatric Association; 2013. Fairburn, C. G., & Harrison, P. J. (2003). Eating disorders. Lancet, 361(9355), 407-416. Mitchell, J. E., & Peterson, C. B. (2005). Anorexia nervosa. New England Journal of Medicine, 353(14), 1481-1488.

Título: PAN HIPOPITUITARISMO SECUNDÁRIO A ADENOMA HIPOFISÁRIO: UM RELATO DE CASO
Autores: ANASTHÁCIA LUIZA LIBANO, MARIA EDUARDA BUSNELLO SCHMIDT, MIKAELLI APARECIDA COSTA MACIEL, NICOLE LAÍS GAMBA, THAÍS LOPES FILIPUS, RAFAELA SILVA LAMÔNICA HADAS
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRUSQUE UNIFEBE
Palavras Chave: APOPLEXIA HIPOFISÁRIA, ADENOMA HIPOFISÁRIO, PAN HIPOPITUITARISMO.

Trabalho: Descrição e Discussão do Caso Paciente masculino, 19 anos, procurou atendimento após queda de caminhão com perna estendida. Queixava-se de claudicação e dor no quadril, que melhorava parcialmente com o uso de AINEs. Ao exame físico: 76 kg, 1,82m, IMC 23, BEG, MUC, PA 116 x 64 mm/Hg, FC 73 bpm, ausência de barba, poucos pêlos corporais, voz aguda, Tanner T3 P3. A TC de bacia evidenciou fratura e epifisiólise grau 2 no quadril direito (condição que acomete adolescentes sem fechamento completo das epífises). Esta observação e a falta de caracteres sexuais secundários completos chamou atenção da equipe médica e foram solicitados exames laboratoriais: Testosterona 7.0ng/dL (165-753), LH 0,27 mlU/mL (0,57-12,07), FSH 1,2 mlU/mL (1,5-12,4), TSH 7,3μU/m (0,4-4,0), T4 Livre 0,47 ng/dL (0,8-1,5), Cortisol 0,2μg/dL (5-25), Prolactina 12 mcg/L (<18), ACTH 23 pg/mL (7-63), HGH 0,03 mcg/L (0,02-1,23), IGF-I 52 ng/mL (173-414) e RNM de hipófise que mostrou formação nodular heterogênea expansiva selar e supra-selar, centrada no aspecto central/paramediano esquerdo da cavidade selar, medindo cerca de 11x10x10mm; sem sinais de infiltração dos seios cavernosos ou de efeito compressivo sobre as estruturas hipotálamo-quiasmáticas. HD: adenoma de hipófise com componente hemorrágico. Prescrito: Prednisona, Undecilato de Testosterona e Levotiroxina para correção das deficiências hormonais identificadas. No caso relatado, a correlação clínico - laboratorial - radiológica foi sugestiva de Apoplexia Hipofisária de Adenoma de Hipófise, resultando em um pan-hipopituitarismo. Considerações Finais A apoplexia hipofisária é uma condição clínica caracterizada pelo infarto ou hemorragia da hipófise devido a um adenoma pré-existente, podendo ocorrer também por processos não tumorais. A elevação súbita da pressão intra-selar resulta no comprometimento do fluxo sanguíneo local, ocasionando hipopituitarismo, incluindo, insuficiência adrenal. A apoplexia hipofisária representa um desafio diagnóstico, devido à sua apresentação clínica variada e inespecífica. Esse distúrbio pode configurar-se como uma emergência endocrinológica, sendo indicada uma abordagem multidisciplinar que inclui endocrinologistas, neurocirurgiões e neuro-oftalmologistas. No acompanhamento a longo prazo, a reposição hormonal apresenta bons resultados. Importante reavaliar a função hipofisária periodicamente, pois podem surgir novas deficiências hormonais hipofisárias que não tenham ocorrido inicialmente.

Referências Bibliográficas: BRIET, C. et al. Pituitary Apoplexy. Endocrine Reviews, v. 36, n. 6, p. 622–645, 1 dez. 2015. ALBANI, A. et al. Multidisciplinary Management of Pituitary Apoplexy. International Journal of Endocrinology, v. 2016, p. 1–11, 2016. GOYAL, P. et al. Clinical and Imaging Features of Pituitary Apoplexy and Role of Imaging in Differentiation of Clinical Mimics. Quantitative Imaging in Medicine and Surgery. v. 8(2), p. 219-231, 2018.

Título: SISTEMAS DE MONITORAMENTO CONTÍNUO DE GLICOSE EM PESSOAS COM DIABETES TIPO 2 QUE NÃO UTILIZAM INSULINA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE DE ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS
Autores: RAFAEL OLIVA MORGADO FERREIRA, TALITA TREVISAN, ERIC PASQUALOTTO, MATHEUS PEDROTTI CHAVEZ, BEATRIZ FRIEDRICHSEN MARQUES, RODRIGO NUNES LAMOUNIER, SIMONE VAN DE SANDE-LEE
Categoria: Prospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Palavras Chave: SISTEMAS DE MONITORAMENTO CONTÍNUO DE GLICOSE; DIABETES TIPO 2; INSULINA; META-ANÁLISE

Trabalho: Introdução: O monitoramento contínuo de glicose (CGM) tem mostrado resultados favoráveis em pacientes com diabetes tipo 2 (T2D) que estão em terapia com insulina. No entanto, a eficácia do CGM no manejo dos níveis de glicose em pessoas com T2D que não utilizam insulina permanece controversa. Objetivo: Avaliar o uso do CGM em pessoas com T2D que não fazem uso de insulina. Métodos: As bases de dados PubMed, Cochrane e Embase foram pesquisadas por ensaios clínicos randomizados (ECRs) que compararam CGM ao automonitoramento de glicose (SMBG) em pessoas com T2D que não usam insulina. Calculamos as diferenças médias ponderadas (DMP) para desfechos contínuos, com intervalos de confiança de 95% (IC 95%). A heterogeneidade foi avaliada usando estatísticas I2. As análises estatísticas foram realizadas no software R, versão 4.2.3. Resultados: Foram incluídos seis ECRs, totalizando 407 pessoas com T2D que não utilizam insulina, das quais 228 foram randomizadas para o CGM. A duração do diabetes variou de 5,4 a 13,9 anos. A idade média foi de 57,9 anos e o índice de massa corporal médio foi de 30,8 kg/m². Quatro estudos usaram CGM em tempo real (rt-CGM) e 2 usaram CGM com escaneamento intermitente (is-CGM). Comparado ao SMBG, o CGM reduziu significativamente o nível de hemoglobina glicada (HbA1c) (DMP -0,31%; IC 95% -0,42,-0,21; I2=0%), nível de glicose (DMP -11,16 mg/dl; IC 95% -19,94,-2,39; I2=0%), tempo em hipoglicemia < 54 mg/dL (DMP -0,28%; IC 95% -0,52,-0,03; I2=91%), tempo de glicose >180 mg/dl (DMP -7,75%; IC 95% -12,04,-3,45; I2=0%) e o desvio padrão da variação da glicose (DMP -4,00 mg/dl; IC 95% -6,86,-1,14; I2=0%). O CGM também aumentou o tempo na faixa alvo (DMP 8,63%; IC 95% 4,54,12,71; I2=0%, equivalente a 124,30 minutos/dia) e a satisfação com o tratamento (DMP 0,79; IC 95% 0,54,1,05; I2=45%). Conclusão: Nesta meta-análise, tanto o rt-CGM quanto o is-CGM foram associados à melhoria no controle glicêmico em pessoas com T2D que não utilizam insulina quando comparados ao SMBG.

Referências Bibliográficas: 1. Bergenstal RM, Mullen DM, Strock E, et al. Randomized comparison of self-monitored blood glucose (BGM) versus continuous glucose monitoring (CGM) data to optimize glucose control in type 2 diabetes. J Diabetes Complications 2022;36(3):108106; doi: 10.1016/j.jdiacomp.2021.108106 2. Cox DJ, Banton T, Moncrief M, et al. Minimizing glucose excursions (GEM) with continuous glucose monitoring in type 2 diabetes: A randomized clinical trial. J Endocr Soc 2020;4(11):bvaa118; doi: 10.1210/jendso/bvaa118 3. Price DA, Deng Q, Kipnes M, et al. Episodic real-time CGM use in adults with type 2 diabetes: Results of a pilot randomized controlled trial. Diabetes Ther Res Treat Educ Diabetes Relat Disord 2021;12(7):2089–2099; doi: 10.1007/s13300-021-01086-y 4. Moon SJ, Kim K-S, Lee WJ, et al. Efficacy of intermittent short-term use of a real-time continuous glucose monitoring system in non-insulin-treated patients with type 2 diabetes: A randomized controlled trial. Diabetes Obes Metab 2023;25(1):110–120; doi: 10.1111/dom.14852 5. Wada E, Onoue T, Kobayashi T, et al. Flash glucose monitoring helps achieve better glycemic control than conventional self-monitoring of blood glucose in noninsulin-treated type 2 diabetes: A randomized controlled trial. BMJ Open Diabetes Res Care 2020;8(1):e001115; doi: 10.1136/bmjdrc-2019-001115 6. Aronson R, Brown RE, Chu L, et al. IMpact of flash glucose Monitoring in pEople with type 2 Diabetes Inadequately controlled with non-insulin Antihyperglycaemic ThErapy (IMMEDIATE): A randomized controlled trial. Diabetes Obes Metab 2023;25(4):1024–1031; doi: 10.1111/dom.14949

Título: PREVALÊNCIA DE DIABETES MELLITUS GESTACIONAL E SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA GESTAÇÃO EM PARTURIENTES ATENDIDAS EM UMA MATERNIDADE NO SUL DO BRASIL
Autores: NICOLE TEIXEIRA BITTENCOURT , BRENDA NUDAMYLA SALVINO DA SILVA, JANAINA AMORIM DE AVILA, GUSTAVO ARRUDA ALVES, MARIA ZÉLIA BALDESSAR, DANIELA QUEDI WILLIG, KEZIA SERPA HENZ
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNISUL - UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
Palavras Chave: DIABETES MELLITUS GESTACIONAL; HIPERTENSÃO INDUZIDA POR GRAVIDEZ; RECÉM-NASCIDO; GRAVIDEZ DE ALTO RISCO; OBSTETRÍCIA.

Trabalho: Introdução: O diabetes mellitus gestacional (DMG) e a síndrome hipertensiva da gravidez (SHG) são doenças próprias do ciclo gravídico-puerperal. O DMG é considerado o problema metabólico mais comum na gravidez, enquanto a SHG é apontada como uma das principais causas de morbidade e mortalidade materno-fetal. Objetivo: Verificar a prevalência de DMG e SHG em parturientes e os desfechos neonatais em uma maternidade no sul do Brasil, no período de 01/06/2017 a 08/02/2018. Métodos: Estudo observacional com delineamento transversal realizado via análise de prontuário eletrônico. Para coleta de dados foi utilizado um protocolo elaborado pelos pesquisadores composto por dados sociodemográficos, dados obstétricos e dados do recém-nascido. Os dados foram compilados em uma planilha eletrônica em software para a realização da análise estatística com o nível de significância estabelecido em 5% (p<0,05). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética (CEP) sob parecer número 3.146.361. Resultados: Dos 2.100 prontuários de puérperas analisados, a média de idade encontrada foi 27,50 (DP±6,33), sendo a idade mínima 14 e a máxima 56 anos. A prevalência encontrada para SHG foi de 10,05%, para DMG foi 3,52% e 1,40% exibiram as doenças concomitantemente. A maioria eram multíparas, as intercorrências obstétricas estiveram presentes em 21,10% delas e o parto cesáreo foi predominante. Ocorreu associação entre SHG e a multiparidade (p=0,035), o parto cesáreo (p<0,001), intercorrências no parto (p<0,001), prematuridade (p<0,001), baixo peso (p<0,001) e a necessidade de internação na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) (p<0,001). Houve significância estatística do DMG com a multiparidade (p=0,009), o parto cesárea (p<0,001), intercorrências no parto (p=0,012), prematuridade (p<0,001) e ao menor índice Apgar no 5° minuto (p=0,023). Nas doenças que ocorreram simultaneamente durante a gestação (SHG e DMG), verificou-se associação com o parto cesárea (p<0,001), intercorrências no parto (p=0,002), prematuridade (p<0,001) e ao menor índice de Apgar no 1° minuto (p=0,012). Conclusão: Das comorbidades avaliadas o DMG foi o mais prevalente, a SHG e o DMG estiveram associadas à paridade, via de parto, intercorrências no parto e idade gestacional. Gestantes com doenças concomitantes tiveram relação com via de parto, intercorrências no parto, idade gestacional e Apgar menor que sete no primeiro minuto.

Referências Bibliográficas: Lima JP, Veras LLN, Pedrosa EKFS, Oliveira GSC, Guedes MVC. Socioeconomic and clinical profile of pregnant women with Gestational Hypertension Syndrome. Rev Rene. 2018;19:e3455. Guerreiro DD, Borges WD, Nunes HH, Silva SC, Maciel JP. Mortandade materna relacionada à Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG) em uma maternidade do Pará. Rev Enferm UFSM. 2014;4(4):82534. Massa AC, Rangel R, Cardoso M, Campos A. Gestational diabetes and the new screening test’s impact. Acta Med Port. 2015;28(1):29-34. Melo AW, Alves JI, Ferreira AA, Souza VS, Maran E. Gestação de alto risco: fatores associados em um município do noroeste paranaense. Rev Saúde Pública Paraná. 2016;17(1):82-91. Simões AB, Robalo R, Gomes G, Aleixo F, Amaral N, Guerra S. Diabetes gestacional nos anos 2000 e 2010: retrato de uma sociedade? Rev Port Endocrinol Diabetes Metab. 2013;8(1):21-4. Oliveira AC, Almeida LB, Lucca A, Nascimento V. Estudo da relação entre ganho de peso excessivo e desenvolvimento de diabetes mellitus e doença hipertensiva específica na gestação. J Health Sci Inst. 2016 [cited 2019 Mar 12];34(4):231-9. Parsons J, Sparrow K, Ismail K, Hunt K, Rogers H, Forbes A. Experiences of gestational diabetes and gestational diabetes care: a focus group and interview study. BMC Pregnancy Childbirth. 2018;18(1):25. Melo AW, Alves JI, Ferreira AA, Souza VS, Maran E. Gestação de alto risco: fatores associados em um município do noroeste paranaense. Rev Saúde Pública Paraná. 2016;17(1):82-91. Sbardelotto T, Pitilin EB, Schirmer J, Lentsck MH, Silva DTR, Tombini LHT. Defining characteristics and factors associated with the occurrence of gestational hypertensive syndromes. Cogitare Enferm. 2018;23(2):e53699. Townsend R, O’Brien P, Khalil A. Current best practice in the management of hypertensive disorders in pregnancy. Integr Blood Press Control. 2016;9:79-94. Wah YYE, McGill M, Wong J, Ross GP, Harding A-J, Krass I. Self-management of gestational diabetes among Chinese migrants: a qualitative study. Women Birth. 2019;32(1):e17-23. Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes 2019-2020. São Paulo: Clannad; 2019 Damasceno AAA, Malta MB, Neves PAR, Lourenço BH, Bessa ARS, Rocha DS et al. Níveis pressóricos e fatores associados em gestantes do Estudo MINA-Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. 2020; 25(11):4583-4592. Hillier TA, Pedula KL, Ogasawara KK, Vesco KK, Oshiro CES, Lubarsky SL, et al. A Pragmatic, Randomized Clinical Trial of Gestational Diabetes Screening. New England Journal of Medicine. 2021 Mar 11;384(10):895–904.

Título: EFICÁCIA DO SISTEMA HÍBRIDO DE ADMINISTRAÇÃO DE INSULINA EM CIRCUITO FECHADO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DIABETES TIPO 1: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE
Autores: RAFAEL OLIVA MORGADO FERREIRA, TALITA TREVISAN, ERIC PASQUALOTTO, PEDRO SCHMIDT, MATHEUS PEDROTTI CHAVEZ, JANINE MIDORI FIGUEIREDO WATANABE, SIMONE VAN DE SANDE-LEE
Categoria: Prospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Palavras Chave: SISTEMA HÍBRIDO DE CIRCUITO FECHADO; INSULINA; DIABETES TIPO 1; META-ANÁLISE

Trabalho: Introdução: Em pacientes jovens com diabetes tipo 1 (T1D), os desafios no manejo do diabetes são maiores, principalmente devido à dependência dos cuidadores. Por isso, sistemas híbridos de circuito fechado (HCL) surgiram como uma alternativa promissora. Objetivo: Avaliar a eficácia e a segurança do sistema HCL para a administração de insulina em comparação com a terapia padrão para crianças e adolescentes com T1D. Métodos: As bases de dados Embase, Pubmed e Cochrane Library foram pesquisadas por ensaios clínicos randomizados (ECRs) que compararam a terapia HCL com as opções padrão para crianças com T1D. Calculamos as diferenças médias ponderadas (DMPs) para desfechos contínuos e as razões de risco (RRs) para desfechos binários, com intervalos de confiança (ICs) de 95%. A heterogeneidade foi avaliada usando estatísticas I2. As análises estatísticas foram realizadas no software R, versão 4.2.3. Resultados: Quatro ECRs e 501 pacientes foram incluídos, dos quais 323 foram randomizados para HCL. Comparado à terapia padrão, o HCL melhorou significativamente o período durante o qual o nível de glicose foi de 70-180 mg/dl (DMP 10,89%; IC 95% 8,22,13,56) e o número de participantes com nível de hemoglobina glicada (HbA1c) <7% (RR 2,61; IC 95% 1,29,5,28). O HCL também reduziu o tempo de glicose >180 mg/dl (DMP -10,46%; IC 95% -13,99,-6,93), o nível médio de glicose (DMP -16,67 mg/dl; IC 95% -22,25,-11,09) e o nível de HbA1c (DMP -0,50%; IC 95% -0,68,-0,31). Não houve diferença significativa no tempo de glicose <70 mg/dl ou <54 mg/dl, e no número de episódios de cetoacidose, hiperglicemia e hipoglicemia. Conclusões: Nesta meta-análise, o HCL foi associado a uma melhora no tempo na faixa alvo e no controle da HbA1c em crianças e adolescentes com T1D em comparação com a terapia padrão, com um perfil de efeitos colaterais semelhantes.

Referências Bibliográficas: 1. Wadwa RP, Reed ZW, Buckingham BA, DeBoer MD, Ekhlaspour L, Forlenza GP, et al. Trial of Hybrid Closed-Loop Control in Young Children with Type 1 Diabetes. N Engl J Med. 2023 Mar 16;388(11):991–1001. doi: 10.1056/NEJMoa2210834. 2. Breton MD, Kanapka LG, Beck RW, Ekhlaspour L, Forlenza GP, Cengiz E, et al. A Randomized Trial of Closed-Loop Control in Children with Type 1 Diabetes. N Engl J Med. 2020 Aug 27;383(9):836–845. doi: 10.1056/NEJMoa2004736. 3. Messer LH, Buckingham BA, Cogen F, Daniels M, Forlenza G, Jafri RZ, et al. Positive Impact of the Bionic Pancreas on Diabetes Control in Youth 6-17 Years Old with Type 1 Diabetes: A Multicenter Randomized Trial. Diabetes Technol Ther. 2022 Oct;24(10):712–725. doi: 10.1089/dia.2022.0201.pub. 4. Ware J, Boughton CK, Allen JM, Wilinska ME, Tauschmann M, Denvir L, et al. Cambridge hybrid closed-loop algorithm in children and adolescents with type 1 diabetes: a multicentre 6-month randomised controlled trial. Lancet Digit Health. 2022 Apr 04;(4):e245–e255. doi: 10.1016/S2589-7500(22)00020-6.

Título: AVALIAÇÃO DO COMPROMETIMENTO RENAL DE PACIENTES PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 EM ACOMPANHAMENTO EM AMBULATÓRIO DE ENDOCRINOLOGIA DA UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
Autores: IZABELA DUTRA, AMANDA MENESES FERREIRA LACOMBE
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
Palavras Chave: DIABETES MELLITUS TIPO 2; DOENÇA RENAL DO DIABETES; TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR.

Trabalho: O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença crônica de elevada prevalência e relevância tendo em vista o seu caráter progressivo e as complicações crônicas microvasculares e macrovasculares que podem ocorrer quando do seu controle inadequado. Dentre as complicações crônicas microvasculares, a doença renal do diabetes (DRD) tem grande importância, uma vez que tem o potencial de evolução para insuficiência renal e necessidade de terapia renal substitutiva, resultando em comprometimento da qualidade e da expectativa de vida dos pacientes e no aumento dos custos de saúde. A DRD é diagnosticada por meio de uma elevação persistente da albuminúria, de uma redução do ritmo de filtração glomerular ou por outras manifestações do dano renal. O presente estudo tem como objetivo principal avaliar a prevalência do comprometimento renal de pacientes portadores de DM2 que se encontram em seguimento regular em ambulatório de endocrinologia. Foram levantados os prontuários de todos os pacientes portadores de DM2 em acompanhamento regular no período de 2019 a 2023 e analisados aqueles dos pacientes que preencheram os critérios de inclusão do estudo. As variáveis analisadas foram: gênero do paciente, idade ao diagnóstico do DM2 e no momento deste estudo, tempo de doença, controle do diabetes de acordo com os valores de hemoglobina glicada, albuminúria, creatinina sérica e clearance de creatinina calculado, outras morbidades e medicações em uso, entre outras. Em relação aos resultados, vinte e sete pacientes apresentaram taxa de filtração glomerular estimada abaixo de 90 mL/min/1,73m2, dentre os quais onze apresentaram taxas abaixo de 60. Dentre estes, um paciente possuía valor de albuminúria normal (abaixo de 30), três moderadamente aumentado (entre 30 e 299) e dois apresentaram um valor muito aumentado (acima de 300). A prevalência da DRD na casuística estudada (n = 48) foi de 29,5%. Concluindo, ao analisar o diagnóstico da DRD, observou-se uma relação direta com um maior tempo de diagnóstico do DM2, além de que os portadores dessa complicação apresentaram uma menor taxa de bom controle glicêmico (de acordo com a concentração de HbA1c) em relação aos pacientes que não a apresentaram. Ainda, pacientes com DRD demonstraram uma maior prevalência de comorbidades como hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia e tabagismo prévio ou atual, o que corrobora a relação da DRD com o maior risco de progressão da DRC, da ocorrência de eventos cardiovasculares e de mortalidade.

Referências Bibliográficas: 1. Nichols GA, Déruaz-Luyet A, Hauske SJ, Brodovicz KG. The association between estimated glomerular filtration rate, albuminuria, and risk of cardiovascular hospitalizations and all-cause mortality among patients with type 2 diabetes. J Diabetes Complications. 2018;32(3):291-7. doi: 10.1016/j.jdiacomp.2017.12.003. 2. Salinero-Fort MÁ, San Andrés-Rebollo FJ, de Burgos-Lunar C, et al. Cardiovascular and all-cause mortality in patients with type 2 diabetes mellitus in the MADIABETES Cohort Study: Association with chronic kidney disease. J Diabetes Complications. 2016;30(2):227-36. doi: 10.1016/j.jdiacomp.2015.10.007. 3. Mogensen CE, Christensen CK, Vittinghus E. The stages in diabetic renal disease: with emphasis on the stage of incipient diabetic nephropathy. Diabetes. 1983;32(Suppl 2):64-78. doi: 10.2337/diab.32.2.S64. 4. Tang S, Sharma K. Pathogenesis, clinical manifestations, and natural history of diabetic kidney disease. In: Freehally J, Floege J, Tonelli M, Johnson RJ, editors. Comprehensive clinical nephrology. 6th ed. Elsevier; 2019:357-75. 5. Adler AI, Stevens RJ, Manley SE, et al. Development and progression of nephropathy in type 2 diabetes: The United Kingdom Prospective Diabetes Study (UKPDS 64). Kidney Int. 2003;63(1):225-32. doi: 10.1046/j.1523-1755.2003.00712.x 6. Pugliese G, Penno G, Natali A, et al. Diabetic kidney disease: new clinical and therapeutic issues. Joint position statement of the Italian Diabetes Society and the Italian Society of Nephrology on “The natural history of diabetic kidney disease and treatment of hyperglycemia in patients with. J Nephrol. 2020;33(1):9-35. doi: 10.1007/s40620-019-00650-x 7. National Kidney Foundation. KDOQI clinical practice guidelines and clinical practice recommendations for diabetes and chronic kidney disease. Am J Kidney Dis. 2007;49(2):S12-S154. doi: 10.1053/j.ajkd.2006.12.005. 8. Teng J, Dwyer KM, Hill P, et al. 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Diabetes Care. 2020;43 (Suppl 1): S135-S151). 14. Valmadrid CT, Klein R, Moss SE, Klein BE. The risk of cardiovascular disease mortality associated with microalbuminuria and gross proteinuria in persons with older-onset diabetes mellitus. Arch Intern Med. 2000;160(8):1093-100. 15. Standards of medical care in diabetes - 2015: summary of revisions. Diabetes Care. 2015;38(Suppl):S4-88. 16. Stevens PE, Levin A. Evaluation and management of chronic kidney disease: synopsis of the kidney disease: improving global outcomes 2012 clinical practice guideline. Ann Intern Med. 2013;158(11):825-30 17. Gross JL, de Azevedo MJ, Silveiro SP, Canani LH, Caramori ML, Zelmanovitz T. Diabetic nephropathy: diagnosis, prevention, and treatment. Diabetes Care. 2005;28(1):164-76. 18. Szczech LA, Stewart RC, Su HL et al. Primary Care Detection of Chronic Kidney Disease in Adults with Type-2 Diabetes: The ADD-CKD Study (Awareness, Detection and Drug Therapy in Type 2 Diabetes and Chronic Kidney Disease). PLoS ONE 9(11): e110535. 19. Viana LV et al. Prediction of cardiovascular events, diabetic nephropathy, and mortality by albumin concentration in a spot urine sample in patients with type 2 diabetes. Journal of Diabetes and its Complications: Porto Alegre, 2012, 26(5): 407-412. 20. Mogensen CE, Vestbo E, Poulsen PL, et al. Microalbuminuria and potential confounders: a review and some observations on variability of urinary albumin excretion. Diabetes Care. 1995;18(4):572-81. doi: 10.2337/diacare.18.4.572. 21. Pititto B, Dias M, Moura F, Lamounier R, Calliari S, Bertoluci M. Metas no tratamento do diabetes. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022). DOI: 10.29327/557753.2022-3, ISBN: 978-85-5722-906-8. 22. Heerspink HJL, Stefánsson BV, Correa-Rotter R, et al. Dapagliflozin in Patients with Chronic Kidney Disease. N Engl J Med. 2020 Oct 8;383(15):1436-1446. doi: 10.1056/NEJMoa2024816. Epub 2020 Sep 24. PMID: 32970396. 23. SHLIPAK, M.G. et al. The case for early identification and intervention of chronic kidney disease: conclusions from a Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Controversies Conference. Kidney International: United States, 2021, 99(1):34-47.

Título: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PARTURIENTES COM DIABETES MELLITUS GESTACIONAL ATENDIDAS EM UM HOSPITAL NO SUL DE SANTA CATARINA
Autores: NICOLE TEIXEIRA BITTENCOURT , EDUARDA MIOT PANAZZOLO, RAÍLLA VANDRESEN, DANIELA QUEDI WILLIG
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNISUL - UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
Palavras Chave: DIABETES MELLITUS GESTACIONAL, SAÚDE MATERNO-INFANTIL, PRÉ-NATAL, ASSISTÊNCIA PERINATAL.

Trabalho: Introdução: O diabetes mellitus gestacional (DMG) é a desordem metabólica mais comum na gestação. Essa doença específica do ciclo gravídico é responsável pelo aumento da morbimortalidade perinatal, haja vista que pode desencadear complicações obstétricas e prejuízos à saúde do binômio mãe-bebê. Objetivo: Verificar a prevalência e o perfil das parturientes com Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) atendidas em um hospital no sul de Santa Catarina, no período de agosto a novembro de 2022. Métodos: Estudo observacional com delineamento transversal realizado com parturientes acima de 18 anos e seus recém-nascidos. Os dados foram coletados via aplicação de protocolo elaborado pelas pesquisadoras composto pelos seguintes dados: sociodemográficos, pré-gestacionais e gestacionais, tratamento do DMG, internação hospitalar e do recém-nascido. Bem como foi analisado o prontuário eletrônico, a caderneta da gestante, o prontuário físico da parturiente e do recém-nascido. Os dados foram compilados em planilha eletrônica e tratados estatisticamente. As variáveis quantitativas foram descritas em medidas de tendência central e dispersão e as qualitativas em números absolutos e proporções. Para verificar associação entre as variáveis de interesse, foi aplicado teste Qui-Quadrado de Pearson ou exato de Fisher, e o nível de significância estatística adotado foi 5% (p <0,05). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética (CEP) sob parecer número 5.366.565. Resultados: O estudo foi composto por 413 puérperas. Houve predomínio de mulheres caucasianas, idade menor que 35 anos (86,7%), casadas ou em união estável (62,7%), com atividade laboral (66,3%) e escolaridade acima de nove anos de estudo (76,3%). A DMG esteve presente em 17% da amostra. Houve associação entre a DMG com o IMC pré-gestacional inadequado (p=0,004), a via de parto cesárea (p=0,021) e presença de complicações ao nascimento (p<0,01). Observou-se maior ocorrência de DMG em mulheres que não planejaram a gestação e com pré-natal inadequados. Em relação aos desfechos neonatais os achados foram: hipoglicemia, macrossomia, menor contato pele a pele imediato após o nascimento, menor contato ao seio materno na 1ª hora de vida e maior dificuldade na pega. Conclusão: A prevalência de diabetes mellitus gestacional foi de 17% na amostra e houve associação com IMC pré-gestacional inadequado, parto cesárea e complicações ao nascimento. Também houveram desfechos desfavoráveis ao neonatais e aos aspectos da amamentação.

Referências Bibliográficas: 1. Zuccolotto DCC, Crivellenti LC, Franco LJ, Sarotelli DS. Dietary patterns of pregnant women, maternal excessive body weight and gestational diabetes. Revista de Saúde Pública. 2019 Jun 26;53:52 2. Wexler DJ, Powe CE, Barbour LA, Buchanan T, Coustan DR, Corcoy R, et al. Research Gaps in Gestational Diabetes Mellitus. Obstetrics & Gynecology. 2018 Aug;132(2):496–505. 3. dos Santos PA, Madi JM, da Silva ER, Vergani D de OP, de Araújo BF, Garcia RMR. Gestational Diabetes in the Population Served by Brazilian Public Health Care. Prevalence and Risk Factors. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia / RBGO Gynecology and Obstetrics. 2020 Jan;42(01):012–8. 4. Rong , K., Yu, K., Han, X., Szeto, I. M., Qin, X., Wang, J., et al. Pre-pregnancy care for women with pre-gestational diabetes mellitus: a systematic review and meta-analysis. BMC Pregnancy and Childbirth. 2021;21(1):1-15

Título: EFEITOS DA INGESTÃO ALCOÓLICA NO SEGUNDO TRIMESTRE DA GESTAÇÃO NA PROLE DE RATOS
Autores: NATÁLIA VEADRIGO BOSCHETTI, MARINA TONELLO , ISABELA RAUPP COELHO , JÚLIA MASIERO ALANO, DANIELLI ALVES DA ROSA, THAÍS MARSON MENEGUZZO, PETERSON RECH , MARCUS SALVALAGGIO, LAUREN DELFINO PINHO
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNESC
Palavras Chave: GESTAÇÃO; CONSUMO EXCESSIVO DE BEBIDAS ALCÓOLICAS; TRANSTORNO DO NEURODESENVOLVIMENTO.

Trabalho: O álcool continua sendo uma das substâncias psicoativas mais utilizadas no mundo. Apesar dos esforços constantes na saúde pública, a porcentagem de mulheres grávidas que consomem álcool aumentou de forma constante. O álcool tem o potencial de causar efeitos deletérios em todos os estágios da gestação. No primeiro trimestre, sua exposição está associada a anomalias estruturais, principalmente faciais e cerebrais; no segundo trimestre, aumenta o risco de aborto espontâneo; a exposição no terceiro trimestre afeta predominantemente o peso, o comprimento e o crescimento do cérebro. O objetivo do presente estudo foi analisar os efeitos da ingestão alcoólica no segundo trimestre de gestação na prole de ratos. Para tanto, foram utilizadas 24 ratas prenhas Wistar, que foram divididas em grupo controle (n=12) com ingestão de água e grupo álcool (n=12) com administração de álcool por gavagem no 11º dia de gestação. Após o nascimento foi realizada a contagem e pesagem dos filhotes. Com 30 dias de vida, os animais foram submetidos ao teste de atividade locomotora, interação social e inibição por pré-pulso do reflexo do sobressalto (IPP). Como resultado, observou-se maior número de natimortos na prole cujas mães receberam álcool na gestação. O teste de atividade locomotora demonstrou hiperlocomoção dos animais que receberam administração de álcool no período intrauterino, e apresentou resultados significativos tanto em machos (p=0,00106) quanto em fêmeas (p=0,0045). Os testes de interação social revelaram diminuição do tempo de latência entre as fêmeas (p=0,0078), diminuição no número de contatos dos filhotes machos (p=0,0008) do grupo álcool, e diminuição do tempo total de contatos dos filhotes machos do grupo álcool quando comparados com o grupo água (p=0,0005). Os achados desse estudo correlacionam-se com baixa preditividade do animal, e estão associados a comportamentos ansiosos e depressivos, além déficits cognitivos. Assim, conclui-se que o binge drinking traz efeitos nocivos para o neurodesenvolvimento da prole, e contribuem para a morte fetal.

Referências Bibliográficas: 1. Murthy P, Narasimha VL. Effects of the COVID-19 pandemic and lockdown on alcohol use disorders and complications. Curr Opin Psychiatry. julho de 2021;34(4):376–85. 2. Global status report on alcohol and health 2018 [Internet]. [citado 18 de maio de 2022]. Disponível em: https://www.who.int/publications-detail-redirect/9789241565639 3. Tackling Harmful Alcohol Use: Economics and Public Health Policy | en | OECD [Internet]. [citado 18 de maio de 2022]. Disponível em: https://www.oecd.org/health/tackling-harmful-alcohol-use-9789264181069-en.htm 4. Simão MO, Kerr-Corrêa F, Dalben I, Smaira SI. Alcoholic women and men: a comparative study of social and familial aspects and outcome. Rev Bras Psiquiatr. :9. 5. Nóbrega M do PSS, Oliveira EM de. Mulheres usuárias de álcool: análise qualitativa. Rev Saúde Pública. outubro de 2005;39(5):816–23. 6. Warren KR, Li TK. Genetic polymorphisms: impact on the risk of fetal alcohol spectrum disorders. Birth Defects Res A Clin Mol Teratol. abril de 2005;73(4):195–203. 7. Cederbaum AI. Alcohol metabolism. Clin Liver Dis. novembro de 2012;16(4):667–85. 8. Durazzo TC, Gazdzinski S, Meyerhoff DJ. The neurobiological and neurocognitive consequences of chronic cigarette smoking in alcohol use disorders. Alcohol Alcohol. junho de 2007;42(3):174–85. 9. Paquot N. The metabolism of alcohol. Revue medicale de Liege. 1o de maio de 2019;74:265–7. 10. Tan CH, Denny CH, Cheal NE, Sniezek JE, Kanny D. Alcohol use and binge drinking among women of childbearing age - United States, 2011-2013. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 25 de setembro de 2015;64(37):1042–6. 11. Denny CH, Acero CS, Naimi TS, Kim SY. Consumption of Alcohol Beverages and Binge Drinking Among Pregnant Women Aged 18-44 Years - United States, 2015-2017. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 26 de abril de 2019;68(16):365–8.

Título: COMPLICAÇÕES GRAVES APÓS GASTROPLASTIA POR SLEEVE EM PACIENTE COM OBESIDADE GRAU 2: RELATO DE CASO
Autores: NATÁLIA VEADRIGO BOSCHETTI, CAROLINA ODORIZZI MAGNO NUNES , MARINA TONELLO, ISABELLA RAUPP COELHO , JÚLIA MASIERO ALANO, MARIANA DUTRA , THAÍS MARSON MENEGUZZO
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: UNESC
Palavras Chave: OBESIDADE , CIRURGIA BARIÁTRICA, COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS, COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS

Trabalho: Resumo: Apresentamos o caso de uma paciente de 32 anos com obesidade grau 2 (IMC prévio de 40,5) submetida a gastroplastia por sleeve como tratamento para perda de peso. A paciente tinha história de múltiplas gestações e comorbidades psiquiátricas, incluindo ansiedade e depressão, para as quais estava em tratamento com sertralina. Três dias após o procedimento cirúrgico, desenvolveu choque hipovolêmico distributivo, exigindo cuidados intensivos e intervenção cirúrgica de urgência devido à presença de fibrina e debris de coleção subfrenica. Após estabilização inicial, apresentou sintomas de dispneia, febre e saturação, sendo diagnosticada com tromboembolismo pulmonar e necessitando de drenagem torácica. Posteriormente, desenvolveu coleções purulentas em tecido subcutâneo e derrame pleural, sendo tratada com antibioticoterapia intravenosa. Após um mês do procedimento, recebeu alta hospitalar, porém com piora das comorbidades psiquiátricas. História Clínica: A paciente J.B.O., uma mulher de 32 anos, com obesidade grau 2 (IMC prévio de 40,5), foi admitida para realização de gastroplastia por sleeve como tratamento para perda de peso. Anteriormente, havia tentado tratamento medicamentoso para obesidade sem sucesso. Ela tinha histórico de múltiplas gestações e cesarianas prévias, sem complicações relatadas, além de ansiedade e depressão, para os quais estava em tratamento com sertralina. Apresentação Clínica e Tratamento: Três dias após a cirurgia, a paciente desenvolveu choque hipovolêmico distributivo, exigindo cuidados intensivos e intervenção cirúrgica de urgência. Posteriormente, apresentou sintomas de tromboembolismo pulmonar e desenvolveu coleções purulentas em tecido subcutâneo e derrame pleural, sendo tratada com antibioticoterapia intravenosa. Desfecho: Após um mês do procedimento cirúrgico, a paciente recebeu alta hospitalar, mas com piora das comorbidades psiquiátricas. Considerações finais: a cirurgia bariátrica, apesar de possuir indicações clínicas relevantes e resultados notáveis, deve ser recomendada com cautela, sobretudo em pacientes jovens com comorbidades psíquicas. Pacientes sem avaliação e adequação do tratamento psiquiátrico em otimização podem ter seu quadro descompensado quando estiverem a frente de complicações cirúrgicas em decorrência da bariátrica.

Referências Bibliográficas: Davies DJ, Baxter JM, Baxter JN. Nutritional deficiencies after bariatric surgery. Obes Surg 2007; 17:1150. Clements RH, Katasani VG, Palepu R, et al. Incidence of vitamin deficiency after laparoscopic Roux-en-Y gastric bypass in a university hospital setting. Am Surg 2006; 72:1196. Schweitzer DH, Posthuma EF. Prevention of vitamin and mineral deficiencies after bariatric surgery: evidence and algorithms. Obes Surg 2008; 18:1485. Aasheim ET, Björkman S, Søvik TT, et al. Vitamin status after bariatric surgery: a randomized study of gastric bypass and duodenal switch. Am J Clin Nutr 2009; 90:15. Slater GH, Ren CJ, Siegel N, et al. Serum fat-soluble vitamin deficiency and abnormal calcium metabolism after malabsorptive bariatric surgery. J Gastrointest Surg 2004; 8:48. Pereira S, Saboya C, Chaves G, Ramalho A. Class III obesity and its relationship with the nutritional status of vitamin A in pre- and postoperative gastric bypass. Obes Surg 2009; 19:738

Título: PREVALENCIA DE DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B12 EM IDOSOS ATENDIDOS NA CLÍNICA DE GERIATRIA DE UMA UNIVERSIDADE NO SUL DE SANTA CATARINA
Autores: NATÁLIA VEADRIGO BOSCHETTI, LEONARDO DA SILVA SOUZA, JOÃO GASPAR , ISABELLA RAUPP COELHO , JÚLIA MASIERO ALANO, MARINA TONELLO, THAÍS MARSON MENEGUZZO
Categoria: Prospectivo
Instituição de Ensino: UNESC
Palavras Chave: GERIATRIA; HIPOVITAMINOSE; VITAMINA B12

Trabalho: A deficiência de vitamina B12 pode ocorrer tanto pela baixa ingesta de alimentos nos quais ela se faz presente, como também pela dificuldade de absorção pelo organismo. Para o processo absortivo, além da ingesta alimentar adequada, é indispensável a presença do fator intrínseco, produzido pelo estomago, e síntese por intermédio de bactérias no cólon com posterior absorção no íleo terminal. Objetivo: Analisar a prevalência de deficiência de vitamina B12 e fatores associados em idosos atendidos na clínica de Geriatria da Universidade do Extremo Sul Catarinense. Metodologia: Realizou-se um estudo transversal com análise de dados secundários de prontuários de idosos atendidos em um ambulatório de geriatria durante o anos de 2021. Foram incluídos aqueles prontuários que preencheram os critérios de inclusão de serem atendidos no ano de 2021 e possuírem valores séricos de vitamina B12 documentados. Os dados foram organizados e analisados no programa SPSS versão 22.0. Para frequências foi usado teste de Shapiro-Wilk (n < 50) e Kolmogorov-Smirnov (n ≥ 50) e para associações os testes de teste t de Student, Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher Resultados: Ao total 126 prontuários de idosos foram incluídos, a população apresentou média de idade de 75,21, sendo 78,6% do sexo feminino. A prevalência de deficiência de vitamina b12 foi de 11,9% para valores séricos inferiores a 200 pg/ml e de 55,6% para valores inferiores a 350 pg/ml. Conclusão: De forma geral, a prevalência de hipovitaminose por B12 nos dois pontos de corte avaliados, 200 pg/ml e 350 pg/ml, foi de 11,9% e 55,6%, respectivamente. Ou seja, avaliando-se uma suposta deficiência assintomática, porem já prejudicial, a prevalência aumentou para mais da metade da população estudada, demonstrando uma necessidade de dosagem sérica da vitamina B12 em idosos, mesmo que nenhum sintoma característico seja relatado. Ademais, conclui-se que variáveis como idade e a utilização de medicamentos para doenças psiquiátricas obtiveram uma significância relevante, quando se associa a deficiência de cobalamina ao ponto de corte de 200pg/ml. Os resultados apresentados no estudo chamam a atenção para a necessidade de novas pesquisas acerca da deficiência subclínica, e de uma abordagem diferenciada aos pacientes geriátricos.

Referências Bibliográficas: 1. BARRIOS, Mariela F; HERNÁNDEZ, Irma G; GÓMEZ, Hortensia GD. Vitamina B12: metabolismo y aspectos clínicos de su deficiencia. Revista Cubana de Hematología, Imunología y Hemoterapia, Havana, v. 15, n. 3, p. 159–174, sep.-dic, 1999. 2. Soh Y, Won CW. Association between frailty and vitamin B12 in the older Korean population. Medicine (Baltimore). 2020 Oct 23;99(43):e22327. doi: 10.1097/MD.0000000000022327. PMID: 33120734; PMCID: PMC7581105. 3. Jacobson DL, Gange SJ, Rose NR, et al. Epidemiology and estimated population burden of selected autoimmune diseases in the United States. Clin Immunol Immunopathol. 1997;84(3):223. 4. Centanni M, Marignani M, Gargano L, Corleto VD, Casini A, Delle Fave G, et al. Atrophic body gastritis in patients with autoimmune thyroid disease: an underdiagnosed association. Arch Intern Med. 1999;159(15):1726. 5. Park JY, Lam-Himlin D, Vemulapalli R. Review of autoimmune metaplastic atrophic gastritis. Gastrointest Endosc. 2013 Feb;77(2):284-92. Epub 2012 Nov 27. 6. Castoro C, Le Moli R, Arpi ML, Tavarelli M, Sapuppo G, Frittitta L, et al. Association of autoimmune thyroid diseases, chronic atrophic gastritis and gastric carcinoid: experience from a single institution. J Endocrinol Invest. 2016 Jul;39(7):779-84. doi: 10.1007/s40618-016-0445-5. Epub 2016 Feb 29. PMID: 26928404. 7. Hershko C, Ronson A, Souroujon M, Maschler I, Heyd J, Patz J. Variable hematologic presentation of autoimmune gastritis: age-related progression from iron deficiency to cobalamin depletion. Blood. 2006 Feb 15;107(4):1673-9. doi: 10.1182/blood-2005-09-3534. Epub 2005 Oct 20. PMID: 16239424.

Título: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO DIAGNÓSTICO DE NEOPLASIA MALIGNA DA TIREOIDE NO BRASIL
Autores: SAMANTHA CORRÊA BATISTA DA SILVA
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC
Palavras Chave: EPIDEMIOLOGIA; DIAGNÓSTICO; NEOPLASIA MALIGNA DE TIREOIDE

Trabalho: Introdução: A neoplasia maligna de tireoide é o tipo mais comum de câncer endócrino[1] e seu número de casos tem crescido dentre a população devido ao aumento de tecnologias diagnósticas usadas na área[2]. Contudo, carecem análises epidemiológicas desses diagnósticos, dificultando a percepção de quais grupos são mais vulnerabilizados e precisam ser mais estudados. Assim, a lacuna epidemiológica dessa enfermidade é a principal motivação para essa pesquisa. Objetivo: Traçar uma análise epidemiológica sobre os diagnósticos de neoplasia maligna da tireoide entre os anos de 2019 e 2023. Métodos: Pesquisa transversal e retrospectiva com dados do PAINEL-ONCOLOGIA do DATASUS, referentes ao diagnóstico de neoplasia maligna da tireoide, usando variáveis de ano, região, faixa etária e sexo. Resultados: Ocorreram 41.024 diagnósticos de neoplasia maligna da tireoide de 2019 a 2023. Os anos de 2022 e 2023 apresentaram o maior número de diagnósticos (com 9.348 e 9.665, respectivamente), enquanto 2020 teve o menor (6.529). Em relação às regiões, a região Sudeste teve mais diagnósticos (18.189), seguido do Nordeste (12.781). Já a região Norte teve o menor número de diagnósticos (1.335). Em relação ao sexo, o feminino teve mais diagnósticos (35.159) em comparação ao masculino (5.865). Em relação à faixa etária, a população adulta teve a maior parte dos diagnósticos (32.564), seguido da idosa (7.781) e da jovem (679). Conclusão: A neoplasia maligna de tireoide consiste em uma doença relevante no panorama da endocrinologia, com diagnósticos significativos anuais. A pandemia impactou esse diagnóstico, condizendo com a literatura de outros tipos de cânceres[3], alertando para o papel da equipe de saúde em evitar sub-diagnósticos. A região Sudeste pode ter apresentado maior número de diagnósticos por concentrar a maior riqueza do país[4] e ter mais acesso a tecnologias que contribuam para diagnósticos mais eficazes, o que pode não acontecer em regiões como a Norte. O sexo feminino teve a maioria dos diganósticos. Possivelmente, pois vai mais ao médico rotineiramente[5],contribuindo para uma detecção precoce. Porém, a discrepância entre os 2 sexos no diagnóstico requisita mais estudos na área para melhor compreensão. A população adulta apresentou a maioria dos diagnósticos, contrariando o panorama geral dos cânceres[6], que têm a maioria dos seus casos na população idosa. Assim, faz-se necessário mais pesquisas para entender a prevalência elevada entre a população adulta.

Referências Bibliográficas: 1. CÂNCER de tireoide. INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER (INCA), 04 jun. 2022. Disponível em: . Acesso em: 16 jun. 2024. 2, CÂNCER de Tireoide. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, 05 jan. 2012. Disponível em: . Acesso em: 16 jun. 2024. 3. AO menos 50 mil brasileiros deixaram de ser diagnosticados com câncer. ESTADÃO, 13 mai. 2020. Disponível em: . Acesso em: 16 jun. 2024. 4. PANORAMA do Censo 2022. IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Disponível em: . Acesso em: 16 jun. 2024. 5. MULHERES cuidam mais da saúde do que homens. VEJA, 5 jun. 2024. Disponível em: . Acesso em: 17 jun. 2024 6. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Além dos 60. Rede Câncer, [s. l.], ed. 39, p. 18-21, 2017. Disponível em: . Acesso em: 17 jun. 2024.

Título: SINTOMAS DE INTOLERÂNCIA À HISTAMINA POR DEFICIÊNCIA DE DIAMINA OXIDASE RELACIONADOS AO USO DE SEMAGLUTIDA: RELATO DE CASO
Autores: ALÍCIA SOPHIA SANDINI MIRANDA, GUSTAVO MARTINS BOING, BEATRIZ FRIEDRICHSEN MARQUES, ANA AMELIA SOARES TORRES, CRISTINA DA SILVA SCHREIBER DE OLIVEIRA
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC)
Palavras Chave: SEMAGLUTIDA, DEFICIÊNCIA DE DIAMINA OXIDASE, CHOQUE ANAFILÁTICO

Trabalho: Descrição e Discussão do Caso Mulher, 41 anos, branca, iniciou tratamento para obesidade com semaglutida, medicamento da classe dos agonistas dos receptores do glucagon-like peptide-1 (GLP-1), ao final de 2019. Após 15 dias do início do tratamento, relatou tontura, prurido, urticária e hipotensão, com piora progressiva e de forma intensa, chegando a repetidos quadros de choque anafilático. Nega história de episódios semelhantes, nega alergias conhecidas, mas relata crises de cefaleia ao ingerir queijos, vinhos e frutas há mais de 10 anos. Suspendeu o medicamento em 2020, retomando o uso entre 2021 e 2022. Nesse momento, reiniciaram os quadros sintomatológicos intensos de anafilaxia, mas sem melhora com uso de anti-histamínico ou adrenalina. Realizada extensa investigação com hemograma, dosagem de IgE por quimioluminescência, marcadores inflamatórios e autoanticorpos seriados, com resultado inconclusivo. Teve diagnóstico de intolerância à histamina em 2023 devido à deficiência de diamina oxidase (DAO) por meio de teste intradérmico de histamina (50-Skin-Prick-Test) positivo com pápula ≥ 3mm após 50 minutos. Prescrita reposição de DAO anterior às refeições e dieta de exclusão de histamina, tratamento considerado padrão-ouro. Paciente refere melhora das crises sintomáticas intensas principalmente após a adesão à dieta. A deficiência de DAO, enzima responsável pela degradação da histamina de fonte alimentar no trato gastrointestinal, resulta em acúmulo de histamina, gerando quadro clínico diverso que inclui prurido, cefaleia e tontura. O diagnóstico de intolerância à histamina explica os sintomas da paciente associados ao uso da semaglutida, uma vez que o efeito desse medicamento no atraso de esvaziamento gástrico pode ter aumentado sua exposição à histamina exógena e, consequentemente, amplificado os sintomas do acúmulo dessa substância no organismo, gerando o quadro grave na paciente. Considerações Finais O efeito de atraso no esvaziamento gástrico é um dos efeitos colaterais do uso de medicamentos análogos ao GLP-1, e, na presença de deficiência de DAO, os sintomas de acúmulo de histamina podem ser intensificados pela maior permanência desse composto no trato gastrointestinal. Isso resulta em quadros sintomatológicos intensos e graves que podem ser fatais. Assim, pacientes com intolerâncias alimentares necessitam de atenção no uso de medicamentos, como a semaglutida, que têm efeito na motilidade do trato gastrointestinal.

Referências Bibliográficas: Drucker DJ, Nauck MA. The incretin system: glucagon-like peptide-1 receptor agonists and dipeptidyl peptidase-4 inhibitors in type 2 diabetes. Lancet. 2006 Nov 11;368(9548):1696-705. doi: 10.1016/S0140-6736(06)69705-5. PMID: 17098089. Guo X, Zhou Z, Lyu X, Xu H, Zhu H, Pan H, Wang L, Yang H, Gong F. The Antiobesity Effect and Safety of GLP-1 Receptor Agonist in Overweight/Obese Patients Without Diabetes: A Systematic Review and Meta-Analysis. Horm Metab Res. 2022 Jul;54(7):458-471. doi: 10.1055/a-1844-1176. Epub 2022 May 5. PMID: 35512849. Jochum C. Histamine Intolerance: Symptoms, Diagnosis, and Beyond. Nutrients. 2024 Apr 19;16(8):1219. doi: 10.3390/nu16081219. PMID: 38674909; PMCID: PMC11054089. Kofler L, Ulmer H, Kofler H. Histamine 50-skin-prick test: a tool to diagnose histamine intolerance. ISRN Allergy. 2011 Feb 22;2011:353045. doi: 10.5402/2011/353045. PMID: 23724226; PMCID: PMC3658496. Long B, Pelletier J, Koyfman A, Bridwell RE. GLP-1 agonists: A review for emergency clinicians. Am J Emerg Med. 2024 Apr;78:89-94. doi: 10.1016/j.ajem.2024.01.010. Epub 2024 Jan 12. PMID: 38241775. Xing J, Chen JD. Alterations of gastrointestinal motility in obesity. Obes Res. 2004 Nov;12(11):1723-32. doi: 10.1038/oby.2004.213. PMID: 15601965. Zhong P, Zeng H, Huang M, Fu W, Chen Z. Efficacy and safety of once-weekly semaglutide in adults with overweight or obesity: a meta-analysis. Endocrine. 2022 Mar;75(3):718-724. doi: 10.1007/s12020-021-02945-1. Epub 2022 Jan 4. PMID: 34981419.

Título: PERFIL CLÍNICO DE PACIENTES PORTADORES DE SOBREPESO E OBESIDADE EM UM AMBULATÓRIO DE ENDOCRINOLOGIA
Autores: GUSTAVO JOHANN TIERLING, JEAN DE SOUZA MOREIRA, JOSÉ VITOR BERVIG DE ALMEIDA, BRUNO LAVINA BRUNATO, THAIS CERESER VILELA
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNISUL
Palavras Chave: OBESIDADE; SOBREPESO; SÍNDROMES METABÓLICAS

Trabalho: Introdução: Durante os anos de 2020 e 2021, a obesidade teve um impacto significativo na saúde pública devido ao aumento dos casos, influenciado pelo isolamento social e mudanças nos hábitos alimentares. Os efeitos incluem maior incidência de hipertensão e diabetes tipo 2. A necessidade urgente de políticas públicas direcionadas para mitigar essas consequências e promover a saúde desses indivíduos é crucial. Objetivos: Avaliar as variáveis clínicas de pacientes portadores de sobrepeso e obesidade durante o período de 2020 a 2021 em um ambulatório de endocrinologia do Sul do Brasil. Métodos: Estudo observacional, do tipo transversal, que utilizou dados secundários, coletados em prontuário eletrônico. Foram utilizadas frequências absolutas (n) e relativas (%) para variáveis qualitativas e medidas de tendência central e dispersão para as quantitativas. A comparação dos valores médios foi utilizado o teste t de Student. O nível de significância usado na pesquisa foi de 5% (p<0,05). O estudo foi aprovado pelo CEP-Unisul parecer 6.118.310. Resultados: Foram avaliados 49 pacientes portadores de sobrepeso e obesidade, a idade média verificada foi de 59,45 anos (DP ± 13,28). A maior prevalência foi de sobrepeso (44,90%), seguido de obesidade grau I (28,57%) e obesidade grau III (8,16%). Os indivíduos portadores de obesidade mostraram frequência estatisticamente maior (p=0,035) de Hipertensão arterial sistêmica (HAS), do que os portadores de sobrepeso (88,89% vs 63,64%). Os indivíduos portadores de sobrepeso mostraram frequência estatisticamente maior (p=0,018) de hipotireoidismo, do que os portadores de obesidade (45,45% vs 14,81%). Entre os avaliados, 73,47% de mulheres; 53,06% de adultos; 62,27% de acometidos por Covid-19; 77,55% com HAS; e 67,35% acometidos com Diabetes mellitus (DM). Os indivíduos portadores de obesidade mostraram média estatisticamente maior (p<0,05) de idade (63,67 anos vs 54,27 anos), de peso (88,23 Kg vs 70,45 Kg) e de IMC (35,30 Kg/m2 vs 27,67 kg/m2), do que os portadores de sobrepeso. Conclusão: O estudo revelou uma associação entre obesidade e maior prevalência de HAS, assim como hipotireoidismo em casos de sobrepeso. Nota-se uma taxa elevada de obesidade entre idosos, contrastando com um índice mais alto de sobrepeso entre os jovens. Ademais, uma predominância de obesidade no sexo feminino. Esses resultados sugerem que esses dados podem ser úteis para orientar estratégias de promoção da saúde para essa população específica.

Referências Bibliográficas: 1. Jura M, Kozak LP. Obesity and related consequences to ageing. Age (Dordr). 2016 Feb;38(1):23. doi: 10.1007/s11357-016-9884-3. Epub 2016 Feb 4. PMID: 26846415; PMCID: PMC5005878. 2. Silva CB, Trindade LDL, Zuge SS, Ferraz L, Kolhs M, Heinz MK. Associação do índice de massa corporal aos desfechos clínicos dos casos de COVID-19. Cogitare Enfermagem, 2021;26:1-12. 3. Leggio M, Lombardi M, Caldarone E, Severi P, D’Emidio S, Armeni M, et al. The relationship between obesity and hypertension: an updated comprehensive overview on vicious twins. Hypertension Research, 2017;40(12):947–963.

Título: INSULINA ICODEC VERSUS INSULINAS BASAIS DIÁRIAS PARA O TRATAMENTO DA DIABETES MELLITUS 2: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE
Autores: MATHEUS PEDROTTI CHAVEZ, ERIC PASQUALOTTO, RAFAEL OLIVA MORGADO FERREIRA, ALEXANDRE HOHL, MARCELO FERNANDO RONSONI, SIMONE VAN DE SANDE LEE
Categoria: Prospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Palavras Chave: ICODEC; DEGLUDECA; GLARGINA; INSULINA; DIABETES MELLITUS 2

Trabalho: Introdução: A insulina icodec é um novo análogo de insulina basal de longa duração, administrado uma vez por semana. Sua eficácia e segurança comparativas com as insulinas basais diárias no tratamento do diabetes mellitus tipo 2 (DM2) ainda são incertas. Objetivos: Avaliar a eficácia e riscos associados ao uso da icodec em comparação com os análogos de insulina basal de administração diária (degludeca ou glargina). Métodos: Foi realizada uma busca sistemática nas bases de dados PubMed, Cochrane e Embase por ensaios clínicos randomizados (ECRs) publicados até abril de 2024, comparando icodec com degludeca ou glargina em pacientes com DM2. Os desfechos binários foram avaliados com razões de risco (RRs) e os desfechos contínuos foram comparados usando diferenças médias (DMs), com intervalos de confiança (ICs) de 95%. Resultados: Foram incluídos nove ECRs envolvendo 4953 pacientes com DM2, dos quais 2505 (50,6%) receberam icodec. O período de acompanhamento variou de 16 a 78 semanas. A icodec foi associada a uma HbA1c (DM -0,13%; IC 95% -0,22, -0,03; p<0,01; I2=70%) e tempo no intervalo alvo (DM 2,83%; IC 95% 0,94; 4,71; p=0,003; I2=22%) significativamente melhores em comparação com os análogos de insulina diários. Houve um aumento significativo no peso corporal com icodec (DM 0,63 Kg; IC 95% 0,28, 0,98; p<0,01; I2=85%). Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos na glicemia plasmática em jejum (DM -0,06; IC 95% -0,30, 0,19; p=0,64; I2=0%) e nas taxas de hipoglicemia de nível 1 (RR 1,20; IC 95% 0,96, 1,51; p=0,11; I2=96%), nível 2 (RR 1,16; IC 95% 0,96, 1,39; p=0,12; I2=64%) e nível 3 (RR 1,06; IC 95% 0,45; 2,50; p=0,90; I2=10%). Observou-se uma incidência significativamente maior de eventos adversos no grupo icodec (RR 1,11; IC 95% 1,01; 1,22; p=0,04; I2=75%). Conclusão: A insulina icodec resultou em melhor controle da HbA1c e do TIR em comparação com os regimes de insulina basais diários, com taxas semelhantes de episódios hipoglicêmicos. No entanto, observou-se um aumento no ganho de peso e uma maior taxa de eventos adversos no grupo icodec.

Referências Bibliográficas: 1- Higgins JPT, Thomas J, Chandler J, Cumpston M, Li T, Page MJ, Welch VA (editors). Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions. 2nd Edition. Chichester (UK): John Wiley & Sons, 2019. 2- Russell-Jones D, Babazono T, Cailleteau R, Engberg S, Irace C, Kjaersgaard MIS, Mathieu C, Rosenstock J, Woo V, Klonoff DC. Once-weekly insulin icodec versus once-daily insulin degludec as part of a basal-bolus regimen in individuals with type 1 diabetes (ONWARDS 6): a phase 3a, randomised, open-label, treat-to-target trial. Lancet. 2023 Nov 4;402(10413):1636-1647. doi: 10.1016/S0140-6736(23)02179-7. Epub 2023 Oct 17. PMID: 37863084. 3- Bajaj HS, Aberle J, Davies M, Donatsky AM, Frederiksen M, Yavuz DG, Gowda A, Lingvay I, Bode B. Once-Weekly Insulin Icodec With Dosing Guide App Versus Once-Daily Basal Insulin Analogues in Insulin-Naive Type 2 Diabetes (ONWARDS 5) : A Randomized Trial. Ann Intern Med. 2023 Nov;176(11):1476-1485. doi: 10.7326/M23-1288. Epub 2023 Sep 26. Erratum in: Ann Intern Med. 2023 Dec;176(12):1688. doi: 10.7326/L23-0410. PMID: 37748181.

Título: REDUÇÃO DO RISCO DE CÂNCER COLORRETAL COM USO DE TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL EM PACIENTES FEMININAS EM CLIMATÉRIO
Autores: AIRTON JUNIOR DA SILVEIRA, LUIZA BORTOLI DE SÁ, FÁBIO HERGET PITANGA
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE
Palavras Chave: CÂNCER COLORRETAL. TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL. MENOPAUSA. NEOPLASIA DE CÓLON.

Trabalho: Introdução: Mundialmente, a incidência de neoplasia colorretal é maior na população masculina se comparada à feminina, em todas as faixas etárias. Ainda, estudos indicaram menor mortalidade por câncer de cólon entre mulheres, sobretudo aquelas na pré-menopausa. Tal observação sugere que os hormônios sexuais femininos podem atuar de forma protetora na patogênese desse tipo de câncer. O climatério traduz a perda fisiológica da produção de estradiol pelo ovário, cursando com sintomas que comprometem o bem-estar da mulher e a tornam vulnerável a distúrbios causados pela deficiência de estrogênio. Nesse sentido, tem-se estudado os benefícios da terapia de reposição hormonal (TRH) para, além de aliviar os sintomas do climatério, reduzir o risco para câncer colorretal. Objetivos: Compreender a ação do estrogênio na carcinogênese do cólon e avaliar a possível diminuição do risco através do uso de TRH em mulheres pós-menopáusicas. Metodologia: Este estudo trata-se de uma revisão de literatura, abrangendo artigos das bases de dados PubMed, SciELO e BVS. Foram utilizados os descritores “neoplasias colorretais”, “câncer gastrointestinal” e "terapia de reposição hormonal”, sendo selecionados 9 artigos nos idiomas português e inglês, publicados nos últimos 5 anos. Resultados e discussão: O efeito protetor do estrogênio sobre a carcinogênese do cólon foi atribuído à sua ligação a receptores ERβ, cuja via de sinalização inibe a transcrição, retardando o crescimento tumoral. Ainda, foi observado que esse é o tipo de receptor para estrogênio predominante nos colonócitos e que sua expressão reduz com a progressão do câncer, bem como depende dos níveis de estrogênio circulante. Quanto à frequência do câncer de cólon em mulheres, estudos mostraram elevação do risco após a menopausa, destacando, ainda, notável diminuição nas taxas entre mulheres que optaram pela TRH após a menopausa, em comparação àquelas que não a seguiram. Tais achados sugerem que a terapia pode mitigar os riscos ao equilibrar os níveis de estrogênio, aumentando a disponibilidade de ERβ nas células do cólon. Considerações finais: Observou-se que o cessamento da síntese de estrogênio na menopausa corrobora para a ocorrência de tumores colorretais, de modo que a TRH reduz os riscos para a doença. Contudo, a literatura ainda carece de evidências claras para a recomendação da terapêutica com esse fim, devendo-se combinar os fatores de risco e as necessidades individuais da paciente antes de indicá-la.

Referências Bibliográficas: BARZI, Afsaneh et al. Molecular pathways: estrogen pathway in colorectal cancer. Clinical cancer research, v. 19, n. 21, p. 5842-5848, 2013. Disponível em: https://aacrjournals.org/clincancerres/article/19/21/5842/78172/Molecular-Pathways-Estrogen-Pathway-in-Colorectal. Acesso em: 14 maio. 2024 BELÉM, Glauce Lenira Silva et al. Riscos e benefícios da terapia hormonal no climatério. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 11, n. 4, p. e244-e244, 2019. Disppnível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/download/244/202. Acesso em: 14 maio. 2024. CAMARGO, M. Constanza et al. Sex hormones, hormonal interventions, and gastric cancer risk: a meta-analysis. Cancer epidemiology, biomarkers & prevention, v. 21, n. 1, p. 20-38, 2012. Disponível em: https://aacrjournals.org/cebp/article/21/1/20/157145/Sex-Hormones-Hormonal-Interventions-and-Gastric. Acesso em: 14 maio. 2024. DE OLIVEIRA LIMA, José Virgulino et al. Risco-benefício da terapia de reposição hormonal em mulheres na menopausa. Research, Society and Development, v. 9, n. 5, p. e07952283-e07952283, 2020. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/2283. Acesso em: 14 mai. 2024. GIACOMINI, Danieli Ribeiro; MELLA, Eliane Aparecida Campesatto. Reposição Hormonal: vantagens e desvantagens. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, v. 27, n. 1, p. 71-92, 2006. https://doaj.org/article/4629aad680164ecca5d1d26d5e97925c. Acesso em: 14 maio. 2024. GRODSTEIN, Francine; NEWCOMB, Polly A.; STAMPFER, Meir J. Postmenopausal hormone therapy and the risk of colorectal cancer: a review and meta-analysis. The American journal of medicine, v. 106, n. 5, p. 574-582, 1999. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0002934399000637. Acesso em: 14 maio. 2024. LIMA, Juliene da Cunha Vieira et al. Farmacoterapia da reposição hormonal. Scientific Electronic Archives, v. 15, n. 12, 2022. Disponível em: https://sea.ufr.edu.br/index.php/SEA/article/view/1627. Acesso em: 14 maio. 2024. PARDINI, Dolores. Terapia de reposição hormonal na menopausa. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 58, p. 172-181, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abem/a/bnhD8LVvNT9P5yWFvhzfvBc/?lang=pt&format=html. Acesso em: 14 maio. 2024. ROZENBERG, Serge; VANDROMME, Jean; ANTOINE, Caroline. Postmenopausal hormone therapy: risks and benefits. Nature Reviews Endocrinology, v. 9, n. 4, p. 216-227, 2013. Disponível em: https://www.bbcbonehealth.org/sites/bbc/files/documents/nrendo.2013.17.pdf. Acesso em: 14 maio. 2024.

Título: ESTUDO ECOLÓGICO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INTERNAÇÕES HOSPITALARES EM PORTADORES DE DIABETES MELLITUS E OBESIDADE NA REGIÃO SUL DE 2022 A 2024
Autores: FERNANDA DOS SANTOS GAMBA, ANA LUIZA PADUANO, GUSTAVO ROSA DERETI, GABRIELA HERNANDEZ DUMANI, MARINA ZANIN EDUARDO FONSECA , BEATRIZ MAIA DE ARAÚJO
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRUSQUE - UNIFEBE
Palavras Chave: OBESIDADE; DIABETES MELLITUS; INTERNAÇÕES

Trabalho: INTRODUÇÃO: A Obesidade e a Diabetes Mellitus (DM) são consideradas sérios desafios de saúde pública em todo o mundo, principalmente com o crescimento da obesidade de classes II e III nas últimas décadas. A prevalência da obesidade entre os anos de 2006 e 2019 no Brasil foi de 11,8% para 20,3%, apresentando aumento de cerca de 0,6% por ano. Nesse contexto, é fundamental verificar a correlação da obesidade e da DM na população brasileira. OBJETIVOS: Analisar as internações de indivíduos portadores de Diabetes Mellitus e Obesidade no período de 2022 a 2024 na Região Sul do Brasil. MÉTODOS: Estudo transversal, descritivo e quantitativo, realizado mediante coleta de dados no Sistema de Informações Hospitalares do Sistema único de Saúde (SIH/SUS - DATASUS) dos estados da Região Sul no período de janeiro de 2022 a abril de 2024. Foram avaliadas as variáveis de sexo, idade, raça, óbitos e número de hospitalizações em diabéticos e portadores de obesidade, a partir de 60 anos, desconsiderando aqueles que tiveram idade ignorada. A análise dos dados foi realizada através de estatística descritiva. RESULTADOS: Ocorreram 20.396 internações em portadores de DM e obesidade, a partir de 60 anos, incluindo mulheres e homens das raças branca, preta, parda, amarela e indígena. Deste valor, o quantitativo de óbitos observado foi 1.131, com destaque para faixa etária entre 70-79 anos (430), e para o estado do Rio Grande do Sul (551). Observou-se 20.008 notificações em indivíduos portadores apenas de DM. Quanto ao sexo, houve um discreto aumento das internações em homens (10.448), em relação às mulheres (9.948). Porém, houve uma maior taxa de mortalidade no sexo feminino. Em relação à raça, majoritariamente são pessoas de cor branca, com 16.911 hospitalizações, sendo a idade mais prevalente entre 60 a 69 anos, com 9.914. Salienta-se, ainda, o Rio Grande do Sul, com mais internações (8.442), seguido do Paraná (7.407) e Santa Catarina (4.547). CONCLUSÃO: É possível destacar que o maior número de internações em indivíduos com Diabetes Mellitus e Obesidade no período analisado, ocorreram em homens, brancos e em portadores de ambas comorbidades, e entre os estados, destacou-se o Rio Grande do Sul. O estudo não possibilitou demonstrar uma significativa influência da obesidade para aumento de hospitalizações. Porém, evidencia-se a importância do controle adequado em diabéticos e da necessidade de políticas públicas voltadas à prevenção da DM e obesidade.

Referências Bibliográficas: 1. RIMES-DIAS, K. A.; COSTA, J. C.; CANELLA, D. S. Obesity and health service utilization in Brazil: data from the National Health Survey. BMC public health, v. 22, n. 1, 2022. 2. SILVEIRA, E. A. et al. Type 2 diabetes mellitus in class II and III obesity: Prevalence, associated factors, and correlation between glycemic parameters and body mass index. International journal of environmental research and public health, v. 17, n. 11, p. 3930, 2020. 3. BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS(DATASUS). Informações de Saúde TABNET. Brasília: DATASUS, 2008. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02. Acesso em: 20 de junho de 2024.

Título: ESTUDO ECOLÓGICO: A PANDEMIA NA PREVALÊNCIA DE DIABETES MELLITUS - UM COMPARATIVO ENTRE AS REGIÕES SUL E SUDESTE.
Autores: ANA LUIZA PADUANO, KETLEN SENA REZENDE, BIANCA CRUZ CAVALCANTI BATISTA, VICTHOR LUIZ SENNA DE MORAES, MILENA SANDRI ILHESCA, GUSTAVO ROSA DERETI, FERNANDA DOS SANTOS GAMBA, GUSTAVO OLIVEIRA ALVES
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRUSQUE - UNIFEBE
Palavras Chave: DIABETES MELLITUS; RESISTÊNCIA À INSULINA; PANDEMIA

Trabalho: INTRODUÇÃO: Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), nas Américas, em 2019, a diabetes foi a 6ª principal causa de morte, com uma estimativa de 244.084 mortes causadas diretamente pela doença. É a segunda principal causa de Anos de Vida Ajustados por Incapacidade (DALYs), refletindo as complicações limitantes sofridas pelas pessoas com diabetes ao longo da vida. Os estudos epidemiológicos e in vitro recentes sugerem que a infecção por SARS-CoV-2, o agente viral causador da COVID-19, pode estar associada ao aparecimento de diabetes e ao agravamento do controle dessa doença. OBJETIVOS: Analisar a prevalência de Diabetes Mellitus antes e pós pandemia de COVID-19, realizando um comparativo entre as regiões Sul e Sudeste. MÉTODOS: Trata-se de um estudo ecológico realizado com dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS - DATASUS). Foram considerados os casos de Diabetes Mellitus (DM) nas regiões Sul e Sudeste em pacientes de 20 a 80 anos, entre os anos de 2018-2023, com análise do número de internações por ano, unidade federativa, faixa etária e sexo. RESULTADOS: Constatou-se 369.175 hospitalizações por diabetes nas regiões Sul e Sudeste de pessoas entre 20 e 80 anos durante o período de 2018 a 2023. Desse total, a região com maior prevalência da doença foi o Sudeste com 72% do total de internações. Foi registrado o maior número de internações em 2023, representando em torno de 20% do total para ambas as regiões. Houve um aumento crescente das internações de 2018 a 2023, no Sudeste. Entretanto, no Sul, 2020 registrou um menor número que 2018 e 2019, e um novo aumento gradativo foi percebido a partir de 2021. São Paulo apresentou 43% das internações na Região Sudeste, em 2023. Já no Sul, o Rio Grande do Sul se destacou com 40%. A faixa etária de maior quantitativo foi de 60 a 69 anos, com 27%, nas duas regiões. Quanto ao sexo, a distribuição mostrou-se predominantemente masculina em ambas as regiões com 39% do total na região Sudeste e com 14% no Sul. CONCLUSÃO: A partir da análise dos dados, não é possível inferir causa e efeito da pandemia sob as internações por DM. Porém, estudos mostram que o vírus SARS-CoV-2 possui tropismo pelas células beta do pâncreas, danificando tais células produtoras de insulina. Logo, é importante que aconteçam mais pesquisas acerca do tema, visando um melhor entendimento das complicações decorrentes da interação do vírus com o DM e maior controle da doença.

Referências Bibliográficas: 1. World Health Organization (2024, Junho 13). A report about health https://www.paho.org/es/temas/diabetes. 2.(Faruqi J, Balasubramanyam A. COVID-19 and diabetes mellitus: a review of the incidence, pathophysiology and management of diabetes during the pandemic. Expert Rev Endocrinol Metab. 2023 Mar;18(2):167-179. doi: 10.1080/17446651.2023.2176300. Epub .2023 Feb 16. PMID: 36797835.) https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36797835. 3.BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS(DATASUS). Informações de Saúde TABNET. Brasília: DATASUS, 2008. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02. Acesso em: junho de 2024. 4.(Stoian AP, Kempler P, Stulnig T, Rizvi AA, Rizzo M. Diabetes and COVID-19: What 2 Years of the Pandemic Has Taught Us. Metab Syndr Relat Disord. 2022 Apr;20(3):137-140. doi: 10.1089/met.2021.0133. Epub 2021 Dec 30. PMID: 34967689.)Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34967689/ 5.Faruqi J, Balasubramanyam A. COVID-19 and diabetes mellitus: a review of the incidence, pathophysiology and management of diabetes during the pandemic. Expert Rev Endocrinol Metab. 2023 Mar [cited 2024 Jun];18(2):167-179. doi: 10.1080/17446651.2023.2176300. Epub 2023 Feb 16. PMID: 36797835. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36797835/.

Título: GASTROPARESIA APÓS USO DE SEMAGLUTIDA VIA ORAL
Autores: LEONARDO GONÇALVES GOMES, LEONARDO SALES LUNA, LUCAS JOSÉ LUNELLI VITAL, CRISTINA DA SILVA SCHREIBER DE OLIVEIRA
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Palavras Chave: SEMAGLUTIDA, GASTROPARESIA, REAÇÃO ADVERSA

Trabalho: Descrição e Discussão do Caso: Paciente masculino, 45 anos, 88kg e 1,65m (IMC=32,2), obesidade grau I, sem comorbidades. Trabalha em alto mar, em intervalos de 20 dias, sedentário. Apresentou-se hígido em consulta ambulatorial com queixa principal de excesso de peso e risco familiar para Diabetes tipo 2. Na consulta médica, após a orientação de mudança de estilo de vida, foi prescrito semaglutida oral “off label”, pois o paciente não desejava utilizar a forma injetável. A partir do 10º dia de tratamento, relatou hiporexia, aumento da saciedade e hipofagia. Após refeição gordurosa, referiu forte dor torácica baixa e dispneia, seguido de intensa dor abdominal, com alívio após eructação. Após o ocorrido, suspendeu a semaglutida, mas os sintomas persistiram por mais 3 semanas e pioraram durante a madrugada. Seguiu para consulta médica onde realizou ultrassonografia de abdome sem alterações, e ausência de obstrução mecânica no trato gastrointestinal. Assim, considerando a história clínica do paciente e o laudo do exame, a hipótese principal foi de gastroparesia. A gastroparesia é definida por um conjunto de condições clínicas caracterizadas por retardado no esvaziamento gástrico na ausência de obstrução mecânica. Além disso, a gastroparesia pode se manifestar de maneira assintomática, do ponto de vista de queixas digestivas altas. Todavia, na maioria dos casos, manifesta-se com sintomas dispépticos, a exemplo da plenitude pós prandial, da saciedade precoce, das eructações, das náuseas, da pirose e de desconforto epigástrico. A semaglutida oral é um fármaco da classe dos análogos de GLP-1 associado a SNAC (salcaprozato de sódio). O GLP-1 é uma incretina com ação hipoglicemiante cujos análogos são utilizados no tratamento de diabetes mellitus e obesidade. O seu principal mecanismo na perda de peso é a sua ação nos receptores hipotalâmicos de GLP-1, diminuindo o apetite ao aumentar a sensação de saciedade e reduzir a motilidade gástrica. Considerações Finais: A fisiopatologia da gastroparesia como efeito colateral da semaglutida não está esclarecido, mas se sabe que o fármaco reduz a velocidade do esvaziamento gástrico. No caso supracitado, o paciente apresentou sintomatologia branda, com manifestações dispépticas e melhora espontânea após três semanas do cessar do tratamento, o que é compatível com o período de wash out esperado do fármaco. Por fim, cabem mais estudos sobre esse e outros casos já relatados de gastroparesia secundária ao uso de análogos do GLP-1.

Referências Bibliográficas: 1. Camilleri M, Sanders KM. Gastroparesis. Gastroenterology [Internet]. janeiro de 2022 [citado 29 de junho de 2024];162(1):68-87.e1. Disponível em: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0016508521037008 2. Müller TD, Finan B, Bloom SR, D’Alessio D, Drucker DJ, Flatt PR, et al. Glucagon-like peptide 1 (GLP-1). Molecular Metabolism [Internet]. dezembro de 2019 [citado 29 de junho de 2024];30:72–130. Disponível em: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S2212877819309135 3. Bergmann NC, Davies MJ, Lingvay I, Knop FK. Semaglutide for the treatment of overweight and obesity: A review. Diabetes Obesity Metabolism [Internet]. janeiro de 2023 [citado 29 de junho de 2024];25(1):18–35. Disponível em: https://dom-pubs.pericles-prod.literatumonline.com/doi/10.1111/dom.14863 4. Meier JJ. Efficacy of semaglutide in a subcutaneous and an oral formulation. Front Endocrinol [Internet]. 25 de junho de 2021 [citado 29 de junho de 2024];12:645617. Disponível em: https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fendo.2021.645617/full 5. Aroda VR, Blonde L, Pratley RE. A new era for oral peptides: SNAC and the development of oral semaglutide for the treatment of type 2 diabetes. Rev Endocr Metab Disord [Internet]. outubro de 2022 [citado 29 de junho de 2024];23(5):979–94. Disponível em: https://link.springer.com/10.1007/s11154-022-09735-8 6. Troncon LEDA. Gastroparesias: revisão de aspectos relacionados ao conceito, à etiopatogenia e ao manejo clínico. Rev Assoc Med Bras [Internet]. setembro de 1997 [citado 29 de junho de 2024];43(3). Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42301997000300011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

Título: ESTUDO ECOLÓGICO: INTERNAÇÕES HOSPITALARES DECORRENTES DE TIREOTOXICOSE NA REGIÃO SUL DO BRASIL DE 2020 A 2024.
Autores: ANA LUIZA PADUANO, FERNANDA DOS SANTOS GAMBA, GUSTAVO ROSA DERETI, GABRIELA HERNANDEZ DUMANI, MARINA ZANIN EDUARDO FONSECA , BEATRIZ MAIA DE ARAÚJO
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRUSQUE - UNIFEBE
Palavras Chave: TIREOTOXICOSE; INTERNAÇÕES; HIPERTIREOIDISMO

Trabalho: INTRODUÇÃO: A tireotoxicose é uma síndrome clínica decorrente do excesso de hormônios tireoidianos circulantes, secundário à hiperfunção da glândula tireóide ou não, podendo levar o paciente à necessidade de cuidados hospitalares. A crise tireotóxica é uma severa exacerbação, responsável por 1% a 2% das internações por tireotoxicose. Mesmo com o diagnóstico precoce, a mortalidade permanece entre 10% a 30%. Até o momento, não há estudos que analisem o número de internações por tireotoxicose nos últimos anos, na Região Sul. OBJETIVOS: Avaliar as internações por tireotoxicose na Região Sul do Brasil, entre 2020 e 2024. MÉTODOS: Trata-se de um estudo ecológico, realizado mediante coleta de dados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH\SUS - DATASUS) dos estados da Região Sul no período de março de 2020 a março de 2024. A População do estudo foi composta por indivíduos a partir de 20 anos, excluindo aqueles que tiveram idade ignorada. Foram analisadas as seguintes variáveis: sexo, óbitos, taxa de mortalidade e ano de internação por tireotoxicose. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. RESULTADOS: Ocorreram 307 internações por tireotoxicose e a taxa de mortalidade observada foi 1,94. Do total de notificações, a faixa etária mais predominante foi entre 30 e 39 anos, correspondendo a 24,10%. Quanto ao sexo dos pacientes, houve maior acometimento em mulheres, com uma taxa de mortalidade maior nesse grupo. Dentre a Região Sul, o estado mais acometido foi o Rio Grande do Sul (38,43%), seguido do Paraná (32,57%) e Santa Catarina (28,99%). No período de 2020 a 2024, ocorreu um aumento gradativo no número de internações, visto que 2020 registrou apenas 46, enquanto 2023 notificou 99. Por enquanto, 2024 registrou 22 até março, não sendo possível definir, ainda, o número ao final do ano. O ano com mais óbitos foi 2021, com uma taxa de mortalidade de 5,8. CONCLUSÃO: É possível evidenciar que o maior número de internações por tireotoxicose ocorreu em mulheres, de 30 a 39 anos. Diante disso, observa-se que as variáveis de sexo e idade mais acometidas vão ao encontro do perfil epidemiológico brasileiro de casos por tireotoxicose. Segundo pesquisas, a crise tireotóxica acomete mais mulheres, entre 30 e 60 anos, que apresentam doença de Graves. Por fim, este estudo destaca a importância do acompanhamento adequado dos indivíduos já diagnosticados, a fim reduzir o quantitativo de internações e óbitos.

Referências Bibliográficas: 1.MAIA, A. L. et al. Consenso brasileiro para o diagnóstico e tratamento do hipertireoidismo: recomendações do Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, v. 57, n. 3, Abril de 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abem/a/k5s3N3nf4gs8DxDsnPWBQ3r/?lang=pt. Acesso em: 20 de junho de 2024. 2.MAIA, F. F. R. ARAÚJO, L. R. Crise tireotóxica - manejo diagnóstico e terapêutico. Revista Médica de Minas Gerais: Rv, v. 14, n. 3, 2003. Disponível em: https://rmmg.org/artigo/detalhes/1494. Acesso em: 20 de junho de 2024. 3.NICODEM, M. A. et al. Crise tireotóxica. Revista Acta Méd (Porto Alegre), v. 35, n. 7, 2014. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-882605. Acesso em: 20 de junho de 2024. 4.BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS(DATASUS). Informações de Saúde TABNET. Brasília: DATASUS, 2008. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02. Acesso em: 20 de junho de 2024. 5.MOREIRA, D. G. JUNIOR, V. A. R. ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TIREOTOXICOSE NO BRASIL DE 2013 A 2022, Revista de Patologia do Tocantins, v. 10, n. 2. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/patologia/article/view/17421/21519. Acesso em: 20 de junho de 2023.

Título: ESTUDO ECOLÓGICO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR TIREOTOXICOSE DE 2018 A 2023 NO BRASIL.
Autores: GUSTAVO ROSA DERETI, ⁠FERNANDA OLIVEIRA FONSECA, GUILHERME BATALHA, JÚLIA TRAVOLO PASQUOTO , MAYARA ARAÚJO BRILHANTE , GIOVANI ZANCAN JUNIOR, KETLEN SENA REZENDE, ANA LUIZA PADUANO, FERNANDA DOS SANTOS GAMBA
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRUSQUE - UNIFEBE
Palavras Chave: TIREÓIDE; TIREOTOXICOSE; INTERNAÇÕES

Trabalho: Introdução: A tireotoxicose é uma síndrome definida pelo excesso de hormônios tireoidianos circulantes, secundários ou não ao hipertireoidismo e pode causar a tempestade tireoidiana, que é uma emergência endócrina grave. Embora a doença de Graves seja o distúrbio subjacente mais comum, geralmente há um evento ou condição precipitante que leva o paciente a desenvolver tireotoxicose, que pode apresentar risco à vida. Atenção deve ser dada à função cardíaca nesses pacientes antes do tratamento, pois podem desenvolver colapso cardíaco. Objetivos: Analisar o perfil epidemiológico das internações hospitalares por tireotoxicose de 2018 a 2023, no Brasil. Métodos: Estudo ecológico, baseado em dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), disponíveis no DATASUS. A amostra foi delimitada pelos seguintes critérios: ano da internação, cor/raça, caráter do internamento (urgente ou eletivo), sexo, faixa etária, óbitos e taxa de mortalidade no Brasil entre 2018 e 2023 por Tireotoxicose (CID-10 E05). Resultados: Durante o período analisado foram notificadas 4.171 internações hospitalares por tireotoxicose, sendo 2023 o ano responsável pelo maior número. Em relação à distribuição por região, o Norte registrou 161 internações (3,85%), o Nordeste 690 (16,54%), o Sudeste 2.602 (62,38%), o Sul 461 (11,05%) e o Centro-oestes 257 (6,16%). Dessas, 76 evoluíram para óbito, cursando com uma taxa de mortalidade de 1,8. Quanto ao sexo, nota-se um predomínio de mulheres, com 3.243 internações (77,75%), onde 56 pacientes evoluíram a óbito, enquanto o sexo masculino notificou 928 casos (22,25%) e 17 evoluíram a óbito. Quanto à faixa etária, o grupo mais acometido foi entre 40 a 49 anos, representando 23,11% dos valores totais. Apenas 282 pacientes eram menores de 20 anos, e somente 1 evoluiu a óbito. A cor/raça com maior destaque foi a raça parda, com 1.545 internações (37,04%), seguida da branca com 1.167 (27,97%). Em relação ao caráter de atendimento, a urgência prevaleceu em relação ao caráter eletivo, com 54,30% e 45,70%, respectivamente. Conclusão: O resultado do estudo concorda com a literatura prévia, visto que mulheres são mais acometidas. Ademais, ressalta a importância do rastreio na prática clínica, de modo que o diagnóstico e tratamento sejam estabelecidos precocemente, a fim de evitar complicações acerca da doença, tais como o desenvolvimento de problemas cardíacos, esqueléticos e neurológicos.

Referências Bibliográficas: 1.MAIA, A. L. et al. Consenso brasileiro para o diagnóstico e tratamento do hipertireoidismo: recomendações do Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, v. 57, n. 3, Abril de 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abem/a/k5s3N3nf4gs8DxDsnPWBQ3r/?lang=pt. Acesso em: junho de 2024. 2.Nayak B, Burman K. Thyrotoxicosis and thyroid storm. Endocrinol Metab Clin North Am. 2006 Dec;35(4):663-86, vii. doi: 10.1016/j.ecl.2006.09.008. PMID: 17127140. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17127140/ 3.Inman BL, Long B. Thyrotoxicosis. Emerg Med Clin North Am. 2023 Nov;41(4):759-774. doi: 10.1016/j.emc.2023.06.005. Epub 2023 Jul 28. PMID: 37758422. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37758422/ 4.DeGroot LJ. Graves’ Disease and the Manifestations of Thyrotoxicosis. 2015 Jul 11. In: Feingold KR, Anawalt B, Blackman MR, Boyce A, Chrousos G, Corpas E, de Herder WW, Dhatariya K, Dungan K, Hofland J, Kalra S, Kaltsas G, Kapoor N, Koch C, Kopp P, Korbonits M, Kovacs CS, Kuohung W, Laferrère B, Levy M, McGee EA, McLachlan R, New M, Purnell J, Sahay R, Shah AS, Singer F, Sperling MA, Stratakis CA, Trence DL, Wilson DP, editors. Endotext [Internet]. South Dartmouth (MA): MDText.com, Inc.; 2000–. PMID: 25905422. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25905422/ 5.BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS(DATASUS). Informações de Saúde TABNET. Brasília: DATASUS, 2008. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02. Acesso em: junho de 2024.

Título: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR TIREOTOXICOSE NA REGIÃO SUL DO BRASIL NOS ANOS DE 2013-2023
Autores: IGOR BAGGIO PEREIRA, MARIA EDUARDA DE OLIVEIRA ISIDORO, JUSSARA BAGGIO PEREIRA
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA – UNISUL, TUBARÃO SC
Palavras Chave: BRASIL; SUL; TIREOTOXICOSE.

Trabalho: Introdução: A tireotoxicose refere-se à síndrome clínica decorrente do excesso de hormônios tireoidianos circulantes, secundário ao hipertireoidismo ou não. As principais etiologias da tireotoxicose consistem em hipertireoidismo causado por doença de Graves, bócio multinodular tóxico e adenomas tóxicos. No momento, a literatura carece de estudos que avaliem o perfil epidemiológico de internações hospitalares por tireotoxicose na região sul. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico de internações hospitalares por tireotoxicose na região sul do Brasil entre os anos de 2013 e 2023. Métodos: Estudo ecológico, quantitativo, utilizando dados da base do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS/TABNET), referente aos casos de pacientes internados por tireotoxicose na região sul nos anos de 2013 a 2023. As variáveis incluídas no estudo foram número de internações, sexo, faixa etária de 1 ano a igual ou maior de 80 anos, raça e taxa de mortalidade. Os dados foram coletados em junho/2024 e analisados mediante estatística descritiva. Resultados: Os resultados desse estudo mostram que foram internados 823 pacientes, sendo o estado do Rio Grande do Sul com maior número, totalizando 379 casos (46,05%), seguido de Santa Catarina com 225 (27,33%) e Paraná com 219 (26,60%). Em relação à faixa etária, foi observado que a maior incidência de internações ocorreu na faixa de 30 a 39 anos representando 22,47% dos casos, seguido de 40-49 anos com 17,98%. Diante o sexo, a maioria das internações foram de pacientes do sexo feminino, com 644 casos (78,25%), em comparação ao masculino com 179 (21,74%). Os dados referentes à cor/raça mostram maior incidência na população branca com 647 (78,61%). Quanto à taxa de mortalidade, na região Sul foi de 1,94, sendo o estado do Paraná com maior taxa de mortalidade, de 3,65, seguido de Santa Catarina com 1,78 e Rio Grande do Sul com 1,06. Conclusão: Portanto, concluímos que em relação às UF mais prevalentes, o Rio Grande do Sul e o Santa Catarina apresentam uma diferença de 18,72% em seus valores, sendo a faixa etária mais acometida entre 30 a 39 anos e a etnia branca a mais prevalente. Quanto à taxa de mortalidade, Paraná e Rio Grande do Sul detém uma diferença de 2,59. É imprescindível que ocorra o diagnóstico e o tratamento precoce da tireotoxicose, a fim de efetivamente reduzir os riscos de complicações e reduzir os índices de internações e óbitos associados a essa importante condição de saúde.

Referências Bibliográficas: MAIA, A. L. et al. Consenso brasileiro para o diagnóstico e tratamento do hipertireoidismo: recomendações do Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 57, n. 3, p. 205–232, abr. 2013. LOSCALZO, Joseph; FAUCI, Anthony S.; KASPER, Dennis L.; et al. Medicina Interna de Harrison. Porto Alegre: Grupo A, 2024. E-book. ISBN 9786558040231. Acesso em: 30 jun. 2024.

Título: INSUFICIÊNCIA ADRENAL PRIMÁRIA DIAGNOSTICADA EM ADOLESCENTE PREVIAMENTE HÍGIDO DURANTE EPISÓDIO DE CRISE ADRENAL: UM RELATO DE CASO
Autores: BRENDA SMITEK NARDELLI, LUIZE CRISTINE DIAS, ANTÔNIO DE PÁDUA SANTOS LANNA
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: UNIFEBE
Palavras Chave: INSUFICIÊNCIA ADRENAL, GLICOCORTICOIDES, INSUFICIÊNCIA ADRENAL PRIMÁRIA, CRISE ADRENAL, DIAGNÓSTICO, ADOLESCENTE

Trabalho: DESCRIÇÃO DO CASO : Adolescente, masculino, 15 anos, chegou à emergência referindo êmese, astenia intensa e dor abdominal há um mês. Relata perda ponderal de 6kg. Nega febre. Já realizou investigação, porém que haviam sido descartadas causas orgânicas. O paciente havia sido encaminhado ao psiquiatra que iniciou tratamento para depressão sem melhora dos sintomas. Exame físico sem alterações, sendo solicitado exames laboratoriais para esclarecimento- sódio 120 mEq/L, potássio 6,02 mEq/L. O paciente foi internado para correção dos distúrbios hidroeletrolíticos e investigação. Na internação, evoluiu com melhora do quadro, apresentando marcha atáxica. A hipótese de insuficiência adrenal (IA) foi confirmada após dosagem sérica de cortisol basal (inferior a 0,40 mcg/dL). Sódio sérico:126 mEq/L, Potássio sérico 5,22 mEq/L. Constatou-se crise adrenal realizando tratamento com hidrocortisona 100mg, iniciado 1 vez ao dia. Após estabilização clínica e nível hidroeletrolíticos corrigidos, obteve alta hospitalar com prednisona 20mg/dia. DISCUSSÃO As manifestações da insuficiência adrenal (IA) são geralmente insidiosas, entretanto, a presença de fatores estressores, como doenças infecciosas, traumas e cirurgias, podem precipitar a crise addisoniana ou adrenal. A insuficiência adrenal aguda pode resultar em uma situação de risco de vida, quando não tratada. Assim, o reconhecimento, diagnóstico e tratamento correto e precoce é de fundamental importância na prática clínica. A IA é mais encontrada em mulheres do que em homens, com uma relação M:F de 1: 3,5, e a idade de início prevalente é de 30 a 50 anos. A crise adrenal é uma emergência aguda potencialmente fatal que contribui para a mortalidade excessiva relatada em pacientes com insuficiência adrenal. A incidência de crise adrenal é estimada em 8 a 100 pacientes por ano. As infecções são o principal fator precipitante. CONSIDERAÇÕES FINAIS Portanto, apesar da baixa incidência, a insuficiência adrenal primária, possui elevada morbimortalidade. Os sintomas se apresentam de maneira inespecífica, o que dificulta o diagnóstico. Vale ressaltar a importância de solicitar eletrólitos, especialmente potássio e sódio para analisar distúrbios hidroeletrolíticos.Por mais que o paciente apresentasse sintomas inespecíficos, permaneceu muitos dias sem a investigação e diagnóstico antes da internação hospitalar. Os médicos devem estar atentos para reconhecimento imediato, e tratamento adequado visando restaurar a saúde dos pacientes.

Referências Bibliográficas: ARLT W and Society for Endocrinology Clinical Committee. SOCIETY FOR ENDOCRINOLOGY ENDOCRINE EMERGENCY GUIDANCE: emergency management of acute adrenal insufficiency (adrenal crisis) in adult patients. Endocr Connect 2016; 5: G1–G3. BANCOS, I.; HAHNER, S.; TOMLINSON, J.; ARLT, W. Diagnosis and management of adrenal insufficiency. Lancet Diabetes Endocrinol, v. 3, n. 3, p. 216-226, 2015. BORNSTEIN SR, ALLOLIO B, ARLT W, et al. Diagnosis and Treatment of Primary Adrenal Insufficiency: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline. The Journal of clinical endocrinology and metabolism. 2016;101(2):364-389. Disponível em: https://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/NEJM199610173351607 BOWDEN, S. A.; HENRY, R. Pediatric Adrenal Insufficiency: Diagnosis, Management, and New Therapies. International Journal of Pediatrics, v. 2018, p. 1–8. CECCATO F, SCARONI C. Central adrenal insufficiency: open issues regarding diagnosis and glucocorticoid treatment. Clin Chem Lab Med. 2019 Jul 26;57(8):1125-1135. doi: 10.1515/cclm-2018-0824. PMID: 30427776. DINEEN, R.; THOMPSON, C. J.; SHERLOCK, M. Adrenal crisis: prevention and management in adult patients. Therapeutic Advances in Endocrinology and Metabolism, v. 10, p. 204201881984821, jan. 2019 GROSSMAN AB. Clinical Review: the diagnosis and management of central hypoadrenalism. J Clin Endocrinol Metab 2010; 95: 4855–4863. NASCIMENTO, F. H., YOCHIDA, B. M. R., FORTES, B. M. F., DE SOUZA, B. S. C., DE SOUZA, D. S. C., DE SOUZA, E. R., GILDIN, F., & FIORESE, G. S. (2023). Insuficiência adrenal - aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico. Brazilian Journal of Development, 9(1), 3165–3174. https://doi.org/10.34117/bjdv9n1-220 NOVOA MP, VELA ET, GARCÍA NP, RODRÍGUEZ MM, GUERRAS IS, MARTÍNEZ DE SALINAS SANTAMARÍA MDE L, MASÓ AA; Área de Conocimiento del Grupo de Neuroendocrino de la SEEN (Grupo Insuficiencia Adrenal). Guidelines for the diagnosis and treatment of adrenal insufficiency in the adult. Endocrinol Nutr. 2014 Sep;61 Suppl 1:1-35. English, Spanish. doi: 10.1016/S1575-0922(14)73526-0. PMID: 25128212. ORENTREICH N; BRIND JL; RIZER RL; VOGELMAN JH. Age changes and sex differences in serum dehydroepiandrosterone sulfate concentrations throughout adulthood. The Journal of clinical endocrinology and metabolism. 1984;59(3):551-555. OELKERS, W. Adrenal insufficiency. N Engl J Med, v. 335, n. 16, p. 1206-1212, 1996. doi:10.1056/nejm1996101733516 SHAH, K., BOYD, J. W., BROUSSARD, J. R., GINN, K., RAHMETULLA, R., HURST, K., & GOYAL, R. K. Adrenocortical function in children with brain tumors and pediatric hematopoietic cell transplantation recipients. Journal of Pediatric Hematology/Oncology,44(2), e469, 2022, – e473. https://doi.org/10.1097/MPH.0000000000002220 SILVA, R. DO C., CASTRO, M. DE ., KATER, C. E., CUNHA, A. A., MORAES, A. M. DE ., ALVARENGA, D. B. DE ., MOREIRA, A. C., & ELIAS, L. L. K.. (2004). Insuficiência adrenal primária no adulto: 150 anos depois de Addison. Arquivos Brasileiros De Endocrinologia & Metabologia, 48(5), 724–738. https://doi.org/10.1590/S0004-27302004000500019 VIEIRA, D.S. Diagnóstico e tratamento da insuficiência adrenal. Dra.SuzanaVieira.https://drasuzanavieira.med.br/2021/09/19/diagnostico-e-tratamento-da-insuficiencia-adrenal/ Acesso em: 18/fev, 2023 YOUNES, N.; BOURDEAU, I.; LACROIX, A. Latent Adrenal Insufficiency: From Concept to Diagnosis. Frontiers in Endocrinology, v. 12, 27 ago. 2021

Título: INTERNAÇÕES E MORTALIDADE POR TIREOTOXICOSE NOS ÚLTIMOS 9 ANOS NA REGIÃO SUL DO BRASIL: UM ESTUDO RETROSPECTIVO
Autores: THAISA TURECK, JÚLIA ESTECA DA SILVA, LAURA OLIVEIRA SILVA E SOUZA, LARA ROCHA HUEB, ISADORA CARVALHO DE SOUSA, LARA COSTA TAVARES DE MEDEIROS
Categoria: Retrospectivo
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ (UNOCHAPECÓ)
Palavras Chave: EPIDEMIOLOGIA; INTERNAÇÕES; TIREOTOXICOSE

Trabalho: Introdução: Tireotoxicose trata-se do estado clínico de níveis inadequadamente altos de hormônios tireoidianos livres (T3 e/ou T4), independente da causa. Pacientes com a condição podem exibir um quadro variado, desde assintomáticos a diversos sinais e sintomas, como taquicardia, sintomas ansiosos, mudança do estado mental, alterações gastrintestinais, perda de peso, entre outros. A seleção do tratamento varia com a sua etiologia, sendo necessária uma ampla observação, combinando anamnese e exame físico completos, exames laboratoriais e exames de imagem, tendo em vista as diversas causas da tireotoxicose. Se não for devidamente tratada, a tireotoxicose pode levar a complicações severas incluindo osteoporose, alteração do estado mental, delirium, fraqueza muscular, fibrilação atrial, doença tromboembólica, colapso cardiovascular e morte. Objetivos: Avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes internados no SUS com diagnóstico de tireotoxicose na Região Sul no período de 2014 a 2023. Metodologia: Estudo transversal ecológico e retrospectivo, com abordagem quantitativa acerca das internações por Tireotoxicose na Região Sul do Brasil, no período de 2014 a 2023. Os dados foram coletados em Junho de 2024, a partir do Sistema de Informações Hospitalares do SUS - TabNet/DATASUS. As variáveis utilizadas foram: macrorregião de saúde, código E05 do CID-10, sexo, faixa etária, raça/cor, óbitos e valor total das internações. Resultados: Foram registradas 759 internações por tireotoxicose na Região Sul no período de 2014 a 2023. Desse total, 595 (78,4%) erammulherese164(21,6%)homens.Emrelaçãoàsfaixasetárias,amaiorparte dos internados tinham de 30 a 39 anos (n=169, 22,3%) e a menor, menos de 1 ano (n=1, 0,13%). Já sobre as raças, 78% (n=592) eram brancos, 7,8% (n=59) pardos, 7% (n=53) pretos, 0,4% (n=3) amarelos, 0,3% (n=2) indígenas e 6,6% (n=50) não possuíam informação. Foram registrados 14 óbitos nesse período, sendo a maioria entre 70 a 79 anos (28,6%, n=4). Por fim, o valor total das internações foi equivalente a 481.920,54 reais. Conclusão: A elevada proporção de internações por tireotoxicose no território Sul e, ainda, a importante discrepância entre homens e mulheres é um problema complexo. É de fundamental importância aprofundar mais o estudo desta problemática social e de saúde e buscar formas mais eficazes de prevenção e tratamento, em prol da redução de internações por tireotoxicose e suas complicações no território.

Referências Bibliográficas: TabNet Win32 3.2: Morbidade Hospitalar do SUS - por local de internação - Brasil [Internet]. [citado 30 de junho de 2024]. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/niuf.def Blick C, Nguyen M, Jialal I. Thyrotoxicosis. 2023 Jul 4. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2024 Jan–. PMID: 29489233. Inman BL, Long B. Thyrotoxicosis. Emerg Med Clin North Am. 2023 Nov;41(4):759-774. doi: 10.1016/j.emc.2023.06.005. Epub 2023 Jul 28. PMID: 37758422.

Título: EFLÚVIO TELÓGENO POR USO DE SEMAGLUTIDA SEM ACOMPANHAMENTO: RELATO DE CASO
Autores: CAMILA FELIX SIMIANER, VITÓRIA DA SILVA BREMM, HÁRISSON LUCAS HOSSA, HENRIQUE FREITAS GAVA, MARLON NOS TERNUS , ISABELA MARTINS LAMAS
Categoria: Relato de Caso
Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE FEEVALE
Palavras Chave: EFLÚVIO TELÓGENO, SEMAGLUTIDA, MEDICAMENTO ISENTO DE PRESCRIÇÃO

Trabalho: O eflúvio telógeno é uma condição na qual apresenta uma queda excessiva de cabelo devido à interrupção prematura da fase anágena - responsável pelo crescimento - e, consequentemente, a entrada precoce de uma proporção acentuada de fios na fase telógena - onde o cabelo é naturalmente eliminado. Essa condição pode ser desencadeada por uma variedade de fatores, incluindo uma perda de peso de forma abrupta, estresse fisiológico, alterações hormonais, deficiências nutricionais ou o uso de certos medicamentos. A semaglutida, um análogo do receptor GLP-1, é amplamente utilizada no tratamento do diabetes mellitus tipo 2— isento de prescrição para sua aquisição, disseminando seu acesso e popularização recentemente. Neste relato, abordaremos o caso de uma paciente feminina de 23 anos que desenvolveu eflúvio telógeno agudo associado ao uso de semaglutida de modo “off label” - não portadora de diabetes mellitus, visando apenas a perda de peso, sem acompanhamento ou atividade física durante o período. Queixa principal de queda capilar diária exacerbada por 3 meses (normal: perda de até 100 fios/dia; no quadro da paciente: aproximadamente 600 fios/dia) - fator o qual, investigado através de tricoscopia, confirmou o crescimento de novos fios - apesar de queda acentuada e anisotriquia - diferenciando o caso de uma alopecia androgenética. O relato de caso objetiva enfatizar a importância de uma abordagem holística e integrada na administração e no manejo dos efeitos adversos da semaglutida - fundamentado no controle nutricional e na realização de atividades físicas, considerando fatores fisiológicos e de saúde mental, que podem ser cruciais na prevenção e no tratamento. Por fim, o relato reforça a eminência da supervisão médica para prevenir e tratar adequadamente condições adversas suscetíveis, como o eflúvio telógeno.

Referências Bibliográficas: ABRAHAM, Leonardo Spagnol; MOREIRA, Andreia Mateus; MOURA, Larissa Hanauer de; DIAS, Maria Fernanda Reis Gavazzoni. Tratamentos estéticos e cuidados dos cabelos: uma visão médica (parte 1). Disponível em: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/05/884411/2009_130.pdf. Acesso em: 13 jun. 2024. HUGHES, Elizabeth C.; SALEH, D. Telogen Effluvium. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK430848/. Acesso em: 13 jun. 2024. GOETTE, D. K.; ODOM, R. B. Alopecia in crash dieters. JAMA, v. 235, n. 24, p. 2622–2623, 14 jun. 1976. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/946869/. Acesso em: 16 jun. 2024.